Em votação unânime, a 1ª Câmara Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Jones da Silva Lima e de Damião Borges de Sena Rosa. Eles são suspeito de assassinar com oito facadas, em abril de 2016, na comunidade Brejinho, zona rural de Campo Maior, Renato Xavier de Sousa. 

Na semana passada, ao analisar o pedido de soltura do réu, o desembargador Edvaldo Moura apontou seis motivos para que Jones da Silva  e Damião Borges permaneçam presos. Dentre eles, “a gravidade concreta do delito e a periculosidade social do paciente”, a “ frieza com que o homicídio da vítima foi cometido” e porque “o mesmo se evadiu do distrito da culpa para se esquivar da ação judicial”. 

O crime 
Jones da Silva Lima e Damião Borges de Sena Rosa são suspeitos de assassinar com oito facadas Renato Xavier de Sousa. Segundo a investigação, a vítima chegou em casa embriagado e agressivo. Acionados pela família, Jones e Damião dominaram Renato e o colocaram no bagageiro do carro de Jones Silva. Na comunidade Brejinho, os suspeitos aplicaram golpes de faca no pescoço da vítima, que teve morte no local.  

Fuga
Após o assassinato, Jones fugiu de Campo Maior e passou a morar numa residência próxima a Universidade Federal do Piauí, na zona leste de Teresina. Em outubro do ano passado, ele foi preso depois de denúncia. O réu é investigado ainda por formação de quadrilha e lesão corporal. 

Damião Borges de Sena Rosa 
Em abril deste ano, o juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas entendeu que há motivos suficientes para Damião Borges ser julgado pelo Tribunal Popular do Juri.