Quatorze jumentos morreram dentro da carroceria de uma carreta antes de serem desembarcados em um frigorífico, em Araguari (568 km a oeste de Belo Horizonte), na segunda-feira (9). Os animais saíram do Piauí e seriam abatidos na cidade mineira. Eles ficaram mais de 48 horas sem alimentação e água. Após denúncia, a Polícia Militar de Meio Ambiente encontrou os animais mortos. O motorista foi encaminhado à delegacia e os animais descarregados.
O carregamento contava com 137 animais e saiu da cidade de Curimatá (PI). De acordo com a Polícia Militar de Meio Ambiente, o motorista que chegou à Araguari relatou que assumiu a condução da carga, após ser chamado para substituir o condutor, em Vila Boa (GO).
"Ele não soube falar a hora que os jumentos saíram do Piauí, mas foi na sexta-feira (6). Esse problema em Goiás aumentou o tempo de viagem”, explicou o sargento Silvino Silva. Ao todo, foram cerca de dois dias, somando a viagem de mais de mil quilômetros e o tempo de espera dentro do veículo.
A polícia recebeu uma denúncia, por volta das 11h de segunda-feira, de que os animais estavam sem comida e água e que alguns estavam mortos, além do mau cheiro. A carreta foi encontrada em um posto no km 38 da BR-050 e, ainda segundo a PM, o motorista disse que chegou ao local, por volta das 22h, de domingo, entrou em contato com o frigorífico que receberia os animais, mas o local só abriria na manhã do dia seguinte.
A PM informou também que um médico veterinário foi ao local para atestar a morte dos 14 jumentos. Os animais mortos e os 123 vivos foram desembarcados no frigorífico, após a chegada dos policiais. O estabelecimento responsável pelo abate informou aos militares que desembarque não foi feito antes, devido a questões burocráticas.
O caminhão e o motorista, responsável pelos animais durante o transporte, foram encaminhados à delegacia. Segundo o sargento Silvino Silva, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e o condutor foi liberado. O frigorífico não foi responsabilizado, visto que os animais ainda estavam na carreta.
A Polícia de Meio Ambiente informou que não foi lavrada multa administrativa, em virtude de suspensão de convênio com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Já o órgão disse que a responsabilidade pelo caso é do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com
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