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  05:39

Rússia é acusada por outros países de tentar roubar estudos de vacina da Covid-19

Uma declaração coordenada do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá atribui os ataques a um grupo de hackers que "quase certamente operam como parte dos serviços de inteligência da Rússia".

 Com Informações: G1

Um comunicado divulgado pelo Centro de Cyber Segurança do Reino Unido, nesta quinta-feira (16), diz que o governo russo está  tentando roubar estudo de vacina contra o novo coronavírus de universidades e farmacêuticas de outros países, através do uso de hackers. 

De acordo com uma reportagem do site G1, uma declaração conjunta de três países, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, afirma que os os ataques são do grupo APT29, conhecido como "Cozy Bear" (urso confortável, em tradução livre), que, disseram eles, quase certamente operam como parte dos serviços de inteligência da Rússia. O grupo "Urso Confortável" é suspeito de ter hackeado o Partido Democrata nas eleições de 2016.

"Nós condenamos esses ataques desprezíveis contra aqueles que fazem um trabalho vital para combater a pandemia de coronavírus", disse Paul Chichester, diretor do Centro Britânico de Cyber Segurança (NCSC, na sigla em inglês).

 

Segundo o ministro de Relações Exteriores, Dominic Raab,  é inaceitável que a inteligência da Rússia tenha como alvo o trabalho contra o vírus. "Enquanto outros perseguem seus interesses egoístas com comportamento imprudente, o Reino Unido e seus aliados trabalham duramente para encontrar uma vacina e proteger a saúde global", ele afirmou. O país vai buscar a responsabilização dos culpados, disse.

O NCSC relatou que os ataques são contínuos, e que são usadas diferentes técnicas e ferramentas que incluem 'phishing' (enviar mensagens enganosas para que o usuário clique em um link) e invasão por programas no computador de terceiros que executa tarefas sem que esses saibam ("malware", em inglês).

Na quarta-feira (15), a Rússia anunciou que fez os primeiros testes clínicos em seres humanos de uma vacina. Esses estes foram organizados pelo ministério da Defesa da Rússia e o Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya.

Bianca Viana

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