O Ministério Público do Piauí, por meio do Promotor de Justiça, João Malato, pediu o arquivamento dos autos dos inquéritos policiais que investigam a morte da estudante de Direito, a barrense Fernanda Lages, alegando ausência de provas no tocante a autoria do delito.
Por meio das provas constantes nos autos, pela reconstituição da “dinâmica dos fatos” foi constatada a presença de “um homem não identificado” ao lado da vítima, momentos antes do crime.
No documento, o membro do MPPI relata que os inquéritos policiais apuraram, por meio de depoimentos convergentes, a presença de uma terceira pessoa não identificada no local do fato, que pode ter contribuído para a queda da estudante do sexto andar do prédio em construção. Diante disso, a tese do Ministério Público é de que essa pessoa foi a autora do assassinato da vítima, discordando das teses da Polícia Civil, que concluiu que foi um suicídio; e da Polícia Federal que apontou que houve suicídio ou queda acidental.
Durante o trabalho realizado pela Polícia, 15 pessoas foram investigadas e não foram comprovados participação ou indícios na morte da estudante. Durante toda a fase investigatória, o Ministério Público do Piauí envidou todas as diligências para alcançar a autoria, ocorre que não há provas ou indícios nesse sentido até o presente momento.
O pedido do Ministério Público segue para análise do Poder Judiciário, com a possibilidade do inquérito ser reaberto para futuras investigações, caso surjam novas e esclarecedoras provas.
A MORTE
Fernanda Lages foi encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011 nas dependências de um canteiro de obras do prédio do Ministério Público Federal na Avenida João XXIII, na zona leste de Teresina. O crime foi investigado por meio de inquéritos das Polícias Civil e Federal para apuração de eventual responsabilidade na prática de um crime de homicídio qualificado, mas ninguem chegou a ser acusado formalmente.
Da Redação
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