Duas irmãs foram assassinadas dentro de casa, no bairro Marajó, em Cristalina (GO), na madrugada de domingo (20/12). As vítimas são Maria Gonçalves, 28 anos, e Cleide Aparecida Gomes, 34. O principal suspeito de ter cometido o crime é o ex-companheiro de Maria, Gisleno Xavier Souza que, segundo relataram familiares, não aceitava o fim do relacionamento. Gisleno é natural de Esperantina no Piauí e está foragido desde o crime.
Maria mantinha união estável com Gisleno havia cerca de sete anos. Parentes contaram que a relação do casal era conturbada e marcada por brigas. Um dia antes do crime, no sábado (19/12), a vítima e o autor discutiram e Maria decidiu que sairia de casa e passaria um tempo na casa da irmã Cleide, que mora a poucos metros dela.
“Depois disso, ele começou a ameaçá-la, dizendo que iria matá-la”, contou, um dos primos das irmãs, que preferiu não revelar a identidade.
Ainda na noite de sábado, Maria, Cleide e os filhos foram a uma festa de aniversário infantil na mesma região, na casa da outra irmã, identificada como Rose. O primo relata que, após o término do evento, por volta das 23h, Cleide demonstrou preocupação e desabafou às irmãs o medo que sentia de Gisleno machucá-la.
“Quando elas estavam indo embora, a Rose pediu para que as duas passassem a noite lá, para evitar qualquer perigo. Mas a Maria achou que o marido não teria coragem de aparecer na casa da Cleide e rejeitou o pedido. Três filhos de Cleide ficaram dormindo na casa da tia”, detalhou.
O crime
O marido de Cleide estava viajando a trabalho para São Paulo e Maria, com seus suas três crianças, estavam dormindo com Cleide. Os parentes contam que, por volta das 2h de domingo, Gisleno pulou o muro da residência, arrebentou a porta e efetuou um disparo de arma de fogo contra a mulher. Cleide, ao tentar se defender, levantou uma das mãos, mas a bala atingiu o peito. Ela também morreu.
“As crianças estão muito abaladas. A filha mais velha da Maria, de 7 anos, dormia com ela no mesmo colchão e viu a mãe ser assassinada. Ela não para de falar que tentou proteger a mãe. Isso dói muito. A única coisa que queremos é justiça”, frisou o familiar.
Da Redação
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