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  03:30

'Idosos possuem sistema imunológico mais vulnerável', diz infectologista após morte de Tarcísio Meira

"A taxa de proteção contra a covid é sempre menor principalmente a partir dos 80 anos do que em pessoas de menor idade”, explica o médico.

 Com informações: Cidade Verde

Após a morte, por complicações da covid-19, do ator de 85 anos, Tarcísio Meira, que estava vacinado com doses da Coronavac, médicos infectologistas reforçam que mesmo com a imunização, idosos devem continuar se protegendo.  

O médico infectologista Kelson Veras, explica que esse grupo possui o sistema imunológico mais vulnerável e por isso estão mais propensos a se infectarem com diversos tipos de doenças.   

“A primeira mensagem de tranquilização é que as vacinas protegem e muito, porém idosos tem o sistema imunológico menos eficaz do que pessoas mais jovens. Isso é um fenômeno natural que torna o idoso mais propenso a diversos tipos de doenças. Então infelizmente, para todas as vacinas já testadas, a taxa de proteção contra a covid é sempre menor principalmente a partir dos 80 anos do que em pessoas de menor idade”, explica o médico.

Kelson Veras também ressalta que os familiares dessas pessoas devem sempre manter o cuidado e evitar grandes aglomerações e o contato direto com os idosos.

“Muitas vezes você tem um familiar idosos que tomou suas duas doses de vacina e você já está pensando em reunir a família, isso pode até ser feito, porém com muito cuidado em relação ao idoso, mantendo o uso de máscara por todos, não se aproximando desse idoso, não abraçando e fazendo pequenas reuniões, apenas em ambientes abertos ou bem ventilados”, esclarece Kelson Veras.  

O infectologista ainda explica que a Coronavac, vacina tomada pelo ator Tarcísio Meira é seguro e se mostra bastante eficaz em relação aos outros imunizantes. 

“A Coronavac se mostrou tão boa quanto a Pfizer e Astrazeneca. Segundo uma nota técnica da Fiocruz do início do mês de julho, a efetividade da Coronavac em pessoas a partir de 60 anos foi de 80% e partir de 80 anos cai em torno de 70% de efetividade, ou seja 70% das pessoas com 80 anos ou mais não contrairão a doença após a vacinação completa, porém 30% ainda podem contrair e desses uma pequena porcentagem pode até evoluir mal”, fizaliza Kelson Veras. 

Bianca Viana

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