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  09:24

ISTOÉ denuncia escândalo do Governo Bolsonaro que envolve Elmano Ferrer e mãe de Ciro Nogueira

 FOTOS: METRÓPOLE

A edição publicada nesta semana da revista ISTO É, traz uma denúncia com dados comprovados na documentação enviada pelo Senado ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o maior esquema de corrupção, considerado o mais eficiente, que o próprio Mensalão e o Petrolão.

Entre os nomes envolvidos na máfia orçamentária está a mãe do Ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, a Senadora, Eliane Nogueira, que lidera em indicações de recursos das chamadas emendas de relator em 2021, onde aparece em segundo lugar, com indicações que somam R$ 399,2 milhões, ficando atras apenas de Márcio Bittar com 7,9 milhões de emendas secretas destinadas ao Acre.

A verba movimentada pela senadora entre agosto e dezembro de 2021 supera, por exemplo, os R$ 357,4 milhões indicados por Arthur Lira, presidente da Câmara, em dois anos para irrigar Alagoas, seu reduto eleitoral.

A parlamentar é suplente de Ciro Nogueira e assumiu uma vaga no Senado em julho de 2021, quando ele aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro. 

Quando questionada, Eliane Nogueira não detalhou, no material agora compartilhado com o Supremo, para quais municípios os recursos foram destinados. 

A senadora destacou apenas os órgãos e as ações que deveriam receber os recursos. A maior parte da verba foi indicada para o Ministério da Saúde: R$ 175,2 milhões. 

A farra com verba pública beneficiou, ainda, parlamentares enrolados na Justiça como o caso Deputado Elmano Ferrer empregou Maria do Socorro, esposa do ministro Kassio Nunes Marques. 

O outro Piauiense envolvido na máfia do orçamento, declarou ao Estadão na época, que não sabia a função exercida pela funcionária. “Eu tenho mais de 30 (funcionários) lá. Não sei o que... Ela é economista, trabalha lá”, afirmou. 

O senador trocou o Podemos pelo Progressistas, em setembro. "Foi o ajuste feito com Ciro Nogueira (senador e presidente do Progressistas e um dos líderes do Centrão). As pessoas que foram liberadas pelo Podemos foram para o partido que estou agora, o Progressistas. E ela foi uma delas", declarou o deputado.

Print Capa inteira da Matéria sobre o Orçamento Sequestrado da Revista ISTOÉ 

FARRA EM BRASÍLIA 

As emendas de relator tornaram-se um dos principais instrumentos de negociação com o Congresso Nacional durante o governo Bolsonaro, que usou o mecanismo para angariar apoio no Legislativo para pautas do interesse do Planalto. 

A decisão sobre a distribuição dessas emendas ficou concentrada na cúpula do Congresso, o que desencadeou críticas pela falta de transparência e controle dos gastos. 

O material enviado ao STF na segunda é composto por cerca de cem documentos. As planilhas se referem a informações fornecidas por 340 deputados federais de 64 senadores, que representam 68% dos 594 parlamentares do Congresso. 

Alguns documentos, no entanto, estão incompletos. Parte dos parlamentares alegou ainda que não tem relação alguma com a indicação desse tipo de verba. 

A reportagem ainda mostra que o Presidente Bolsonaro, subverteu o uso do dinheiro público para viabilizar sua reeleição e beneficiar seu clã e aliados.

O melhor exemplo desse quadro escabroso é o orçamento secreto, um esquema dissimulado de desvios por meio de emendas parlamentares sigilosas. 

Só no ano passado, boa parte do dinheiro do Fundo Nacional da Saúde no valor de aproximadamente 7,4 milhões foram desviados por ‘Caciques’ do centrão para beneficiar emendas de relatores de seus redutos eleitorais.

Enquanto o País tem recursos escassos para investimentos e a máquina pública está à mercê, enquanto a situação se contrapõe com a fartura que há em Brasília.

FONTE: ISTO É/FOLHA/ESTADÃO

Da Redação

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