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  20:57

Comerciantes do Mercado Público são desalojados pela prefeitura de Campo Maior

 

A Prefeitura de Campo Maior iniciou nos primeiros dias do mês de julho uma obra de reforma e ampliação do Mercado Público onde, segundo consta, a intenção é instalar uma cobertura sobre o asfalto em toda a extenção do mercado na rua Sen. José Euzébio e na Travessa do Mercado Público, o popular "Beco dos Lisos". Porém as obras trouxeram alguns problemas em seu bojo pois os permissionários que atuam há anos no beco, tiveram que desocupar seus boxes às pressas no final da última semana.
 
O problema é que os mesmos não foram realocados e nem orientados quanto a situação de seus pontos comerciais. Não houve reunião prévia e nenhum tipo de orientação ou compensação pelo tempo em que ficarão sem trabalhar.
 
O Campo Maior Em Foco esteve conversando com alguns desses permissionários, tanto da Travessa, quanto da Rua Sem. José Euzébio, e o teor das respostas é sempre o mesmo. Os trabalhadores estão temerosos quanto a sua situação exatamente pela falta de comunicação por parte da prefeitura.

Uma comerciante que prefere não se identificar informou que os pedreiros simplesmente chegaram ao local e começaram a demolir os canteiros e a arrancar as árvores do beco. Uma semana depois a secretária de administração e finanças, Rosário Félix, foi até o mercado e avisou aos permissionários que eles teriam que desocupar os boxes para que estes passassem por uma restauração. 

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“Eu ‘tô’ aqui arrazada sem poder trabalhar, vendo aquilo tudo quebrado, e eu aqui com um monte de conta pra pagar e ainda tendo que comprar alimentação. Estamos em casa, trouxemos as coisas pra cá e estamos esperando terminar essa reforma, que eu acho que vai demorar porque parece que a obra não tá andando, parece que tá no mesmo lugar”, informou a permissionária.

A mulher afirma ainda que está sofrendo um prejuízo enorme pois havia comprado ingredientes para os produtos que vende, assumiu dívidas e agora não sabe como pagar. 

De acordo com a prefeitura a previsão de término da reforma é somente para o mês de dezembro. Enquanto isso os comerciantes que dependem das vendas que realizam ali e que poderiam ter sido realocados para não sofrerem prejuízos, estão a ver navios, tendo apenas a incerteza no horizonte.
 
Ao visitar as obras no início do mês passado, o prefeito João Félix foi questionado por alguns permissionários sobre o andamento do serviço. O gestor teria respondido apenas que toda obra gera algum transtorno, mas que o resultado final traria compensação.

Walton Carvalho

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