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Mulher é internada com suspeita de mpox no Piauí

 Foto: Divulgação/Sesapi

Uma mulher está internada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (IDTNP), em Teresina, com suspeita de mpox, segundo a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi). O Piauí contabiliza 40 casos confirmados da doença desde 2022.

A Sesapi não divulgou informações sobre a idade da paciente, a cidade onde mora, quando deu entrada no IDTNP ou o estado de saúde dela. Além da mulher, outro caso é considerado suspeito pela secretaria.

Os exames para detectar se ela está com mpox serão feitos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI), que passou a determinar o diagnóstico da doença em 2023.

Anteriormente, as amostras eram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), e o resultado demorava, em média, 20 dias para chegar ao Piauí. Agora, o diagnóstico é divulgado em menos de cinco dias.

O exame realizado pelo Lacen é do tipo PCR. O procedimento é feito a partir de amostras das lesões do paciente. Se elas ainda tiverem líquido no interior, é feita a coleta. Em caso de feridas secas, é realizada a raspagem.

Entre os casos confirmados no Piauí, 38 são de homens e dois de mulheres, conforme o painel epidemiológico da Sesapi. Além disso, houve 300 notificações, enquanto 226 casos foram descartados. Nenhuma morte foi registrada até o momento.

Mudança de nome

A mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, recebeu o novo nome após o surto mundial de 2022, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um processo de consulta pública para encontrar um novo nome para a doença e assim combater o racismo e estigma provocado pelo nome antigo.

Em agosto deste ano, a OMS voltou a declarar a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Desde o início de 2024, o Brasil registrou 1024 casos confirmados, prováveis e suspeitos da doença.

O que é a mpox?

É uma zoonose viral: uma doença transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do surto de 2022, ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.

É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A varíola humana, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal. A taxa de letalidade histórica da varíola dos macacos, antes do atual surto, era considerada na faixa de 3% a 6%. O primeiro caso foi detectado em humanos em 1970.

As complicações são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.

Qauis são os sintomas?

São sintomas clássicos da doença:

  • febre;
  • dor de cabeça e dores no corpo;
  • dor nas costas;
  • calafrios;
  • cansaço;
  • feridas na pele (erupções cutâneas);
  • gânglios inchados (que comumente precedem a erupção característica da doença).

Como é a transmissão e o tratamento?

A mpox é transmitida, conforme a OMS, por meio de contato próximo com as lesões de pele, por secreções respiratórias ou objetos usados por uma pessoa que está infectada.

A doença geralmente se resolve sozinha (é autolimitada) e os sintomas costumam durar de 2 a 4 semanas. Não há tratamentos específicos para infecções por vírus da mpox, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

No entanto, o vírus da doença e o da varíola são geneticamente semelhantes, o que significa que medicamentos e vacinas para se proteger da varíola também podem ser usados para prevenir e tratar a varíola dos macacos.

 

Fonte: G1

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