A greve dos docentes e servidores do Instituto Federal do Piauí (Ifpi) completa hoje (28) dois meses, em protesto contra os cortes de mais de R$ 9 bilhões na educação pelo governo federal. De acordo com a integrante da diretoria do Sindicato dos Docentes do Ifpi (Sindifpi) Patrícia Andrade, uma nova assembleia será realizada amanhã (29) e não há perspectiva de fim do movimento.
Pelo menos 23 mil alunos estão sem aulas, entre presenciais e à distância. Em todo o estado, são pelo menos 1 mil professores, distribuídos em 13 campi no Piauí.
"Estamos protestando contra os cortes na educação, o que precariza mais ainda a situação do trabalhador. Nossa luta também é por melhores condições de trabalho", declarou.
Um dos pontos principais reivindicados pela categoria diz respeito ao reajuste salarial, congelado há quatro anos. As perdas inflacionárias, segundo estimativa dos sindicatos dos docentes federais, somam 27%.
"A proposta do governo foi conceder esse reajuste de força parcelada, ao longo de quatro anos. Só nos anos desse segundo mandato do governo Dilma as perdas já foram muito altas. O IPCA deste ano já soma 9%", destacou.
A categoria aguarda negociação com o Ministério da Educação (MEC) em Brasília para os próximos dias. No campus central do Ifpi, em Teresina, os servidores realizam assembleia na manhã desta quarta-feira, com o objetivo de avaliar o movimento e definir novas ações. A paralisação permanece por tempo indeterminado.
Fonte: cidadeverde
Da Redação
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