Irmã Natividade foi uma das pessoas mais próximas do primeiro bispo da Diocese de Campo Maior Dom Abel Alonso Nunes. A freira e o bispo se destacaram pelas obras de caridades realizadas aos mais necessitados. Em 2003, o religioso faleceu. Natividade segue até hoje tocando uma creche que atende 250 crianças no município. 

A boa relação da freira com a liderança católica, porém, não continuou na administração do segundo bispo de Campo Maior, Dom Eduardo Zielski. Diferente de Dom Abel, o polonês Zielski não se empenhara em trabalhos sociais e se manteve distante da simpatia dos fiéis. A transferência de Dom Eduardo e a nomeação de um novo bispo enche Natividade de otimismo. 

“A expectativa é muito boa. Ele é nordestino (natural da Paraíba) e com certeza ele fala nossa língua e nossa linguagem. É jornalista e por via de régua gosta de se comunicar”, espera. A freira não de esquiva em destacar a diferença entre a atuação de Dom Abel e Dom Eduardo. 

“Nós tivemos dois (bispo) bem diferentes um do outro. Ele se envolveu em algumas polêmicas. Ele foi o segundo (bispo) e o segundo sempre é muito difícil quando o primeiro dá certo. Espero que esse terceiro seja bem diferente. Um diferente positivo. O povo está com muita esperança e eu também estou com muita esperança. Tem tudo para dar certo”, acredita. 

Avaliação 
Irmã Natividade avalia a passagem difícil de Dom Eduardo por Campo Maior devido a sua origem e a incompreensão dos fiéis. “Faltou no Dom Eduardo experiência e também faltou compreensão do povo. Ele era polonês e vinha de um país que viveu muito tempo sobre o regime comunista, sofreu guerra. Ele tinha resquício de tudo isso. Ele não soube superar e nós não soubemos compreender as dificuldades que ele passou”, diz. 

Novo bispo 
Dom Eduardo foi transferido, em março do ano passado da Diocese de Campo Maior para São Raimundo Nonato. Em junho desse ano, o vaticano nomeou o padre Francisco de Assis – da Diocese de Garanhuns-PE - como bispo de Campo Maior. A posse do novo bispo acontece dia 30 de setembro.