Facebook
  RSS
  Whatsapp

  07:28

Ex-prefeita ostentação diz à PF que se escondeu em aldeia indígena no Maranhão

Delegado responsável pelo inquérito acredita em 'manobra' da defesa. 'Fato é que havia, sim, uma pessoa orientando', diz Ronildo Lajes.

 Ex-prefeita na chega à Polícia Federal. Foto: O Estado do Marnahão

Foragida por 39 dias, a ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite da Silva (sem partido), disse em depoimento na tarde dessa segunda-feira (28) à Polícia Federal, que estava escondida em uma aldeia indígena na cidade que governava.

 

Em entrevista nesta terça-feira (29), Lajes defendeu que a declaração do advogado Sérgio Muniz sobre o paradeiro da ex-prefeita é uma 'manobra' da defesa. “Isso de ela estar lá na cidade não existe. Isso foi manobra do advogado para querer dizer que ela não estava em fuga”, disse.

 

A polícia acredita que ela estaria em uma fazenda ou propriedade rural em outra cidade. A 'manobra' da defesa, segundo o delegado, seria para encobrir a participação de amigos ou parentes no sumiço da prefeita. “Ela disse que estava numa aldeia indígena de Bom Jardim, mas essa possibilidade a gente acredita que é remota e a gente acredita que ela possa estar tentando esconder uma pessoa que pudesse estar ajudando”, declara Lajes.

Diligências complementares vão ser feitas para encontrar os possíveis comparsas de Lidiane Leite. “Fato é que havia, sim, uma pessoa orientando. Isso a gente tem certeza. A gente vai tentar, agora, ver se identifica”, completa.

 

Na entrevista coletiva durante a tarde dessa terça-feira, o delegado Ronildo Lajes, responsável pelo inquérito, havia confirmado que Lidiane estava foragida e descartou que ela estivesse escondida todo esse tempo no município de Bom Jardim. "As diligências foram feitas sim na cidade e no interior de Bom Jardim, mas é claro que o advogado está no papel dele de tentar amenizar as coisas para a investigada. De fato ela estava foragida e não tem como alguém afirmar que ela estava governando em Bom Jardim", disse.

 

Visita
Na manhã desta terça-feira (29), a ex-prefeita começou a receber visita de familiares no quartel do Corpo de Bombeiros, onde está presa. O primeiro encontro foi com a mãe, Marlene Leite, e durou cerca de uma hora.

 

Defesa da ex-prefeita
A defesa de Lidiane Leite, ex-prefeita de Bom Jardim (MA), conseguiu suspender, na madrugada desta terça-feira, a decisão da juíza Ana Maria Almeida Vieira, titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís e Corregedora dos Presídios, que determinou a transferência imediata dela para a Penitenciária Feminina de Pedrinhas, no Maranhão. Com isso, ela passou a noite em um confortável alojamento no Presídio do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA).

 

Suspeita de desvios milionários da educação do município, Lidiane se entregou no início da tarde dessa segunda-feira. “Ela estava em Bom Jardim. Ela seria cassada ou declarada à vacância do cargo em qualquer situação. Você imagina que, na quinta-feira, antes do juiz dar a decisão mandando empossar a Malrinete Gralhada, ela (Lidiane) mandou efetuar o pagamento de fornecedores, da limpeza e o pagamento de servidores. E na sexta-feira o juiz deu uma decisão dizendo que ela não se encontrava no município”, afirmou o advogado Sérgio Muniz.

 

A prisão dela foi decretada na Operação Éden, da PF. Na última sexta-feira (25), o juiz José Magno Linhares havia estipulado o prazo de 72 horas para que Lidiane Leite se entregasse à Polícia Federal.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

Mais de Geral