A violência simbólica sofrida pela mulher
Diante de um mundo globalizado, regido pela lei do consumismo, que valoriza o lucro e o mercado e em uma era tecnologizada, todos se comunicam de forma veloz, através da internet, rádio, televisão, redes sociais, entre outros meios de comunicação, o que trouxe muitos benefícios à sociedade. Porém, estes meio também são usados, muitas vezes como uma forma de denegrir a imagem da mulher na sociedade.
A distorção, a coisificação e a degradação da imagem da mulher na mídia, vêm crescendo através da publicidade, onde é vista como um objeto de mercado, que pode ser comprada e vendida através do seu corpo, mostrando sempre uma mulher perfeita e desprovida de pudores, utilizando sua sexualidade para comercializar produtos.
De acordo com o Código Brasileiro de Auto Regulamentação, no capítulo II, nos Princípios Gerais, diz o seguinte: Art. 19 “Toda atividade publicitária deve caracterizar-se pelo respeito à dignidade da pessoa humana, à intimidade, ao interesse social, às instituições e símbolos nacionais, às autoridades constituídas e ao núcleo familiar”. (CONAR, 2002, Art. 19, Seção 1). E reforça no Art. 22 “Os anúncios não devem conter afirmações ou apresentações visuais ou auditivas que ofendam os padrões de decência que prevaleçam entre aqueles e que a publicidade poderá atingir” (CONAR, 2002, Art. 22,Seção 2).
A publicidade muitas vezes tem criado uma visão equivocada da mulher, tratando-a em suas propagandas como seres impensantes e descartáveis, que não merecem respeito algum, destruindo sua integridade diante da sociedade. O próprio CONAR reconhece que “a publicidade exerce forte influência de ordem cultural sobre grandes massas da população” (CONAR, 2002, Art. 7º, Seção 1).
De todos os meios de comunicação, a internet é o que mais manipula, pois além de ser um dos meios mais utilizados, a propagação de informações por este meio infringe a imagem da mulher, principalmente seu decoro, um caminho sem volta que causa impactos desastrosos, causando danos morais à imagem da mulher, como a dispersão de imagens íntimas sem sua autorização, pois, deixam marcas intensas e que não são esquecidas facilmente pela sociedade.
Vê-se, ainda, que são cada vez mais crescentes os números de músicas que denigrem a imagem da mulher, formando uma imagem pejorativa e erótica, tratando-a como um objeto de satisfação sexual e de prazer, submetendo-a a todos os tipos de constrangimento, mostrando uma mulher submissa, sem pensamento próprio e fútil. Desrespeitando-a e desvalorizando-a, com palavras de baixo calão, diante da sociedade, ocasionando a desigualdade de gênero, pois é desmoralizada na sociedade e vista como um objeto sem valor que não merece dignidade e respeito.
Amanda Carvalho
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