A Polícia Civil prendeu na noite de terça-feira (17) Rafael Ferreira Ponce, de 29 anos, suspeito de matar pai e filho, esquartejar os corpos, queimar os restos mortais e jogá-los depois em um um poço de uma residência no distrito de Panambi, em Dourados.
O crime aconteceu no último domingo (15), após o próprio suspeito espalhar no povoado que tinha matado as vítimas. Somente na manhã seguinte, com o mau cheiro sentido por vizinhos, é que a história foi levada a sério e a Polícia Militar foi acionada.
A principal motivação para o crime foi se vingar por agressões sofridas pelo suspeito por parte de Miguel Vieira, 39 anos, e Bryan Gabriel Vaz Vieira, 17, pai e filho respectivamente.
Em seu depoimento à polícia, Ponce disse que recebeu as vítimas em sua casa após elas se mudarem de Mundo Novo, cidade a quase 300 quilômetros de distância, há menos de um mês.
“Pai e filho começaram a brigar muito com ele (suspeito) e a coisa começou a sair do controle, com agressões físicas”, disse o delegado Rodolfo Daltro, chefe do Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil da cidade e responsável pelas investigações do caso.
O estopim, segundo o próprio suspeito, foi um soco recebido no rosto. Em sua prisão ele fez questão de enfatizar o rosto inchado e com hematomas e o olho esquerdo roxo.
“Faltou pai e mãe darem uma atenção ali. Vieram bater na minha cara. Então eu não aceito essa situação. Olha como tá (sic) meu olho. Você acha correto? Ia deixar de boa? Não dá”, disse, em entrevista aos jornalistas na porta da delegacia.
Sem nenhum pudor ele detalhou como fez o crime. Matou pai e filho com pauladas na cabeça, esquartejou os corpos com um serrote e então incendiou os restos dentro do poço que abastecia a casa.
Horas depois do ritual macabro, Ponce contou a todos os vizinhos o que tinha feito. “Como ele tem problemas com o alcoolismo e bebeu demais após o crime, ninguém levou a sério”, disse o delegado.
O suspeito foi localizado em área de matagal nos arredores do povoado onde aconteceram os fatos. Ponce foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
José Sérgio
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