Centenas de pessoas estão relatando através das redes sociais sobre um fenômeno sobrenatural, a imagem de Nossa Senhora estaria aparecendo no topo de uma palmeira, na casa de um comerciante, atrás do Centro Diocesano (Centro de Campo Maior-PI). Outros criticam a fé do povo que acredita, acusando de idólatras.
Seria verdade tal aparição? O que move o povo? Somente a curiosidade ou fé?
Na noite desta quinta (19) eu estive na rua da suposta aparição e percebi que a comoção daquele povo que compareceu era grande! Mas não pretendo me restringir a falar da aparição, mas sim a esta questão: “Existe tolerância religiosa neste caso?”.
Pessoas que se dizem cristãs, mas de outros credos, estão querendo fazer o “Papel de Deus”, de julgar quem está certo ou quem está errado baseado no que aprendeu com o seu mentor espiritual. Muitos utilizam as mídias para querer prestar este papel divino. Seriam estas “nobres” almas capazes de estabelecer um julgamento sobre o fenômeno de Campo Maior?
Apesar de vivermos em uma Democracia, a ideia de intolerância ainda reina sobre milhões de cabeças, igualmente ao que acontece em relação ao preconceito. A coisa se complica quando é uma religião dizendo que a outra está errada, ou quando um ateu revoltado diz que o problema é a religião, ou que é crer em Deus, ou acreditar na ressurreição.. Ou etc’s.
Na internet vi um comentário assim: “Esse é o resultado de uma cultura tão mistificada que temos aqui no Brasil. As pessoas são muito crédulas. Acreditam em qualquer coisa que prometa algum conforto sem exigir um compromisso ou mudança de vida”.
Depois de ler a tal opinião pensei sobre algumas questões:
- Se dizemos acreditar no Deus do impossível, por que não podemos crer na manifestação mariana?
- Como uma Igreja conseguiria sobreviver por 2000 anos apresentando apenas mentiras?
- A fé é algo que se pode controlar?
- Eu tenho o direito de julgar a fé dos outros?
- Eu posso, no lugar de Deus, julgar as pessoas?
- É errado ter fé?
- Acreditar em Deus é ser um preguiçoso?
Termino dizendo que: tenho fé em Deus, acredito em minha Igreja, não sou um acomodado, defendo a liberdade de expressão (Desde que ninguém fira o direito de ir e vir) e procuro viver minha fé respeitando as dos outros.
Por Helder Felipe
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