Quando pensamos em pizza, automaticamente lembramos da Itália. Realmente, os italianos são mestres nesse assunto. Mas é importante lembrar que babilônicos, hebreus e egípcios já misturavam o trigo e a água para assar em fornos rústicos, há mais de 5 mil anos. A massa, então chamada de pão de Abraão, era muito parecida com os pães árabes atuais e recebia o nome de piscea.
Foram os italianos, recentemente em termos históricos, que juntaram a essa massa de pão os tomates levados daqui da América. A Associazione Verace Pizza Napoletana atribui o casamento entre a massa e o molho no século 18.
Porém, muitos argumentam que isso só começou a ser usual 100 anos depois. A pizza, até o século 19, era a comida dos pobres, dos lazzaronis (termo que vem de Lázaro). E sua fama não era boa. “Uma espécie de bolo repulsivo”, descreveu Samuel Morse, o inventor do telégrafo, em 1831.
Ela era vendida em tabuleiros nas ruas. No entanto, havia membros da aristocracia que a apreciavam. Era o caso da rainha Margherita, esposa do segundo monarca da Itália unificada, Umberto I. Conta o dito popular que, cansados da comida francesa, mandaram chamar o pizzaiolo Raffaele Esposito, da Pizzeria Brandi (que existe até hoje em Nápoles), para que lhes preparasse pizzas.
Esposito fez uma delas com tomate, muçarela e manjericão. A receita ficou conhecida como pizza Margherita, depois que a rainha a declarou como a sua favorita. Até hoje, está pendurada na parede da pizzaria Brandi a nota de agradecimento do maître do palácio real. O fato de as cores dessa pizza serem as mesmas da bandeira da Itália tornou-se um detalhe importante para o patriotismo dos italianos em torno da redonda.
Hoje, a Margherita, assim como a Marinara, são as duas pizzas autênticas, merecedoras de selo de garantia e proteção governamental. Aliás, o estilo de pizza napolitano tem feito sucesso mais recentemente no Brasil, com a massa mais grossa, de fermentação lenta, que forma bolhas nas bordas, que caramelizam no forno.
Mas a popularidade da pizza ao redor do globo só aconteceria passadas muitas décadas, depois da Segunda Guerra Mundial. Vários fatores facilitaram essa expansão, como os soldados enviados dos EUA e da Inglaterra terem adorado a pizza napolitana. Também: os milhares de migrantes e imigrantes italianos do sul da Itália, que foram para as outras partes do país e do mundo, levaram junto a receita na bagagem.
No Brasil, a pizza ganhou muitas coberturas, mas as tradicionais continuam sendo as mais pedidas. De acordo com levantamento da Associação Pizzarias Unidas, em São Paulo, a preferência é pela Muçarela, seguida da Calabresa e da Portuguesa, disputando espaço com Frango com Catupiry.
Confira essa receita caseira para comemorar o dia da Pizza nesta Quarentena:
Ingredientes
1 colher de manteiga
2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
1 colher pequena de sal
1 copo de leite morno
Recheio a escolha (ex: calabresa, frango desfiado, queijo, salame)
Modo de preparo
Misture tudo em uma travessa com as próprias mãos. Caso não encontre o ponto certo, adicione mais farinha até sentir que a massa está desgrudando. Então, separe 4 bolinhas de massa. Com isso, abra cada bolinha separadamente na frigideira.
Asse somente um lado até o ponto desejado. Então, vire a massa e desligue o fogo (não espere o segundo lado assar para desligar). Coloque molho de tomate por cima da massa. Cubra com mussarela, rodelas de tomate e orégano (ou escolha o recheio de sua preferência).
Bianca Viana
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