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  09:10

Piauí tem 1ª morte suspeita por síndrome inflamatória associada à Covid-19

 

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) investiga a primeira suspeita de morte em decorrência das complicações da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), que está associada à Covid-19. A paciente tinha 18 anos, estava internada no Hospital da Universidade Federal do Piauí (HU  UFPI) e faleceu nesta sexta-feira (14). 

No Piauí, essa síndrome, que é rara e pode levar à morte, já foi diagnosticada em três crianças e adolescentes de Teresina, com idades entre sete meses a 16 anos. Elas estão internadas em hospitais de Teresina, incluindo o  Hospital Infantil Lucídio Portela. Os sintomas mais comuns da SIM-P são febre alta e persistente, lesões na pele e na boca, diarréia, dores abdominais e náuseas. 

"Um evoluiu (nesta sexta-feira) para óbito, mas isso é uma suspeita. Nós colhemos o material, o hospital colheu o material, para que a gente realmente constate a efetividade do caso", esclarece a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), da Sesapi (Secretaria Estadual de Saúde), doutora Amélia Costa. 

Até julho deste ano, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 71 casos da síndrome e três mortes no Brasil. 

Amélia Costa fala sobre o protocolo para diagnosticar e tratar a síndrome. "Nós estamos trabalhando os profissionais para que eles percebam se existe a possibilidade dessa associação (entre a síndrome e a Covid-19, identificando os sintomas clínicos) porque, geralmente, a gente conheceu a síndrome por conta da Covid. Os médicos vão acompanhar e solicitar os exames. O que nós também estamos tentando organizar, que precisamos do apoio do Ministério da Saúde, é com a medicação".

Medicação 

O Ministério Público Federal (MPF) informou que o Ministério da Saúde "se comprometeu a emitir nota informativa para prever o uso da imunoglobulina humana no tratamento da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19".  Esse medicamento, de acordo com o MPF, é "caro, de difícil aquisição e está em falta no mercado mundial, pois é utilizado para tratamento de diversas doenças". 

A coordenadora da Sesapi ressalta que  várias medicações são disponíveis da Farmácia de Medicamentos Excepcionais, sendo que a imunoglobulina humana também é distribuída pelo setor assistencial do Ministério da Saúde.  

"Nós estamos no aguardo dos exames mais complexos e da imunoglobulina", diz a médica, acrescentando que até a chegada da imunoglobulina, que é mais eficaz, a doença está sendo tratada com remédios mais comuns. 

Alecio Rodrigues

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