O Piauí ultrapassou a marca de duas mil mortes por covid-19 nesta quarta-feira (16). Ao todo, 2007 piauienses perderam a vida por causa do novo coronavírus até o momento. Hoje, em entrevista à TV Cidade Verde, o secretário de saúde Florentino Neto lamentou as mortes, no entanto, lembrou que a situação que se desenhava no estado no começo da pandemia era bem pior.
“Perdemos pessoas importantes para as suas famílias. Sabemos o sofrimento que isso acarretou a cada família, amigo. Sabemos também que essas vidas eram importantes para todo o estado. Os estudos nos levavam a conclusão inicial que o número de óbitos seria muito maior. Lá no começo, um estudo demonstrava que os óbitos seriam superiores a 18 mil. Todo o trabalho de quem ficou em casa no isolamento social, o trabalho do governo, foi essencial”, afirmou o gestor.
Florentino disse que a ocupação de leitos de UTIs continua diminuindo, bem como a taxa de transmissibilidade e a diminuição das mortes, mas a vigilância continua. “O número de óbitos está reduzindo, mas toda atenção continua. O uso da máscara é fundamental, assim como a higiene periódica das mãos. Não vencemos a covid-19, vencemos várias batalhas e precisamos vencer a guerra. Por isso, não podemos brincar”, afirmou.
Sobre a desmobilização de leitos de UTI, o secretário garantiu que todo o processo será acompanhado pelo Comitê de Operações Especiais (COE) e que não haverá fechamento de vagas onde não existiam antes da pandemia.
“Não se vai fechar nenhum leito de UTI onde não tinha. São Raimundo não tinha e não vamos tirar os leitos de lá. Agora nós temos que fazer uma reflexão. Nós ampliamos muito os leitos de UTIs e os médicos que estavam atuando eram cirurgiões, anestesistas, enfim, de outras especialidades. Agora o nosso desafio é voltar com as cirurgias eletivas e precisamos dos cirurgiões e anestesistas. Cada um está voltando para a sua atividade. Um legado vai ficar: o estado ficará independente em relação a locação de equipamentos para leitos de UTI. Uma diminuição vai haver e será determinada pelo COE, fazendo um olhar técnico diante da necessidade e da capacidade que nós temos de manter com os profissionais especializados”, declarou.
“Nós temos que voltar a uma vida dentro de uma situação que preserve a saúde de todos, mas não podemos continuar em isolamento por completo. Nós vamos gradativamente voltando ao normal”, afirmou, destacando o retorno às aulas.
“Um dos grandes temas hoje é o retorno às aulas. Elas devem ou não retornar? Existe uma discussão hoje no Comitê Científico do Nordeste. Os cientistas estão debruçados nisso. O COE vai se adequar ao que o comitê do Nordeste decidir, mas não podemos fugir da sociedade que existe essa discussão”, finalizou.
Alecio Rodrigues
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