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Cunha adia indicação de nomes da comissão do impeachment e nega protelação

O adiamento se deu porque a oposição e a ala antigoverno do PMDB resolveram lançar uma chapa independente, com viés contrário à presidente Dilma. A insatisfação com a chapa original se deve às indicações feitas pelo líder do PMDB, Picciani, que escolheu majoritariamente nomes contrários ao impeachment.

 

Aliado à oposição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou para as 14h de terça-feira (8) o prazo para a indicação de nomes para a comissão especial que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).  Ele negou que o adiamento tenha sido uma manobra de protelação.

 

O adiamento se deu porque a oposição e a ala antigoverno do PMDB resolveram lançar uma chapa independente, com viés contrário à presidente Dilma. A insatisfação com a chapa original se deve às indicações feitas pelo líder do PMDB, Picciani, que escolheu majoritariamente nomes contrários ao impeachment.

 

Cada chapa precisa ter, no mínimo, 33 integrantes. Se a chapa vencedora não tiver 65 membros, novas indicações são feitas para preencher as vagas remanescentes. Estes nomes retardatários são submetidos a outra votação, o que deve atrasar ainda mais a instalação da comissão.

 

O prazo para indicações de representantes, que já havia sido adiado das 14h para as 18h de hoje, foi novamente postergado, agora para as 14h de terça-feira. Caso a sessão comece logo em seguida, inviabiliza a sessão do Conselho de Ética, marcada também para as 14h, para votação do parecer pela continuidade do processo contra Cunha.

 

A decisão de adiar a votação dos nomes da comissão foi criticada pelos líderes do governo, José Guimarães (PT-CE), do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e do PC do B, Jandira Feghali (RJ).

 

Eles conversaram com a imprensa ao deixar a reunião de líderes, no gabinete da presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

 

Os três disseram ser contra o adiamento. "Nós não aceitamos esse tipo de manobra", afirmou Guimarães. Picciani classificou o fato como "grave". Segundo os líderes, a votação nesta segunda-feira foi definida em acordo com a oposição na semana passada.

 

Feghali classificou a decisão como uma "manobra" que poderia impedir a reunião do Conselho de Ética na terça-feira, também marcada para as 14h, quando poderá ser votado o prosseguimento do processo contra Cunha.

 

Até as 18h dessa segunda-feira (7), mais de 60 nomes já haviam sido indicados pelos partidos para preencher as 65 vagas da comissão.

 

Cunha nega "protelação"

Além da indicação das chapas alternativas, Cunha afirmou que não seria possível realizar a votação sobre a comissão nesta segunda-feira por não haver quórum na Câmara para a votação e por uma impossibilidade técnica de preparar o sistema de votação do plenário para a escolha entre chapas. Segundo Cunha, 185 deputados registraram presença. São necessários 257 para iniciar a votação.

 

"Não temos condições técnicas de em poucos minutos fazermos a preparação do sistema para uma disputa", afirmou Cunha. "Não há intuito de protelação", disse.

 

O peemedebista também afirmou que o adiamento para a terça-feira não inviabiliza a reunião do Conselho de Ética, pois, segundo Cunha, a votação só deve se iniciar por volta das 17h, quando está prevista o início da chamada ordem do dia, momento da sessão dedicado às votações.

 

Fonte: UOL

Por Helder Felipe

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