O governo federal começou a traçar o plano de vacinação da população brasileira contra a Covid-19, que deverá ser seguido pelos Estados. Assim que a primeira vacina for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, começará o processo de imunização, que deverá ocorrer em quatro etapas.
Na primeira etapa, estimada para iniciar a partir de março nas previsões mais otimistas, serão vacinados os idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde, população indígena e idosos com mais de 60 anos que estejam vivendo em asilos ou instituições psiquiátricas.
Na segunda etapa, será contemplada a população com idade entre 60 e 74 anos. A etapa seguinte atenderá pessoas com comorbidades, como diabetes, obesidade, doenças renais e oncológicas. A quarta etapa será destinada a professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
O governo já sabe que não terá condições de vacinar toda a população brasileira ( 212,4 milhões de habitantes) no próximo ano. A meta é vacinar cerca de 109,5 milhões de pessoas, que corresponde a 51,4% da população.
Algumas vacinas já estão em fase bem adiantada nos estudos clínicos, como a da Pfizer BioNTech e a da Moderna, ambas com eficácia de mais de 90%, um resultado considerado excelente. Acontece que a vacina da Pfizer precisa ser acondicionada em refrigeradores com temperatura de 70° C negativos. E o Brasil não dispõe desses refrigeradores na sua rede de distribuição de vacinas. Isso já nos deixa fora do alcance de uma das primeiras vacinas que deverão ser lançadas. Restam a da Moderna, a de Oxford em parceria com a AstraZeneca, que está revendo seus estudos após um erro detectado na aplicação das doses, e a Coronavac, que vem sendo alvo de disputa política entre os governos federal e paulista.
Alecio Rodrigues
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