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  10:37

Empresa que fornecia oxigênio adulterado para o Piauí é fechada após investigação da Polícia Civil

Os policiais civis chegaram ao galpão onde o oxigênio era armazenado de forma irregular, na localidade de Antão, Tianguá (CE)

 Com Informações: Meio Norte

Uma investigação conduzida pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) resultou no fechamento de um galpão onde era realizada a adulteração de oxigênio hospitalar, na Região Norte do Ceará. De acordo com as investigações da Delegacia Regional de Tianguá, a empresa era responsável pela distribuição dos cilindros para unidades de saúde na Serra da Ibiapaba, além de outras cidades cearenses e também para o Piauí e Maranhão. O flagrante foi realizado neste sábado (13), no município que integra a Área Integrada de Segurança 14 (AIS 14) do Estado. O local possui relação com uma empresa fechada em 2020, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde ocorria a mesma prática criminosa.

Os policiais civis chegaram ao galpão onde o oxigênio era armazenado de forma irregular, na localidade de Antão, Tianguá (CE). Um fato que chamou atenção dos investigadores foi a aparência da propriedade que não apresentava nenhuma estrutura, tampouco permissão para a realização dos procedimentos. Foram encontrados diversos equipamentos e ferramentas usadas para realizar o armazenamento do oxigênio e o preparo dos cilindros.

A Polícia Civil apreendeu, ainda no local, lacres com a identificação de uma empresa que foi fechada em novembro de 2020, em Caucaia (CE), após uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) que contou com o apoio da PCCE, da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e também da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). À época, o dono da empresa, que é filho do proprietário do galpão fechado hoje em Tianguá, foi preso. 

“O rótulo com o nome dessa mesma empresa era usado aqui nesse galpão encontrado em Tianguá. Eles mesmos pegavam os clindros de oxigênio, colocavam o lacre, e usando um soprador térmico, lacravam o produto. Foram encontradas ferramentas e equipamentos que eram utilizados para retirar o oxigênio de um cilindro e colocar em outro, procedimento que eles não podem fazer, porque se trata de um processo feito em indústrias”, destacou o delegado Regional de Tianguá, Miguel Sales.

O funcionário do local, Francisco Souza Teles, 26 anos, foi preso em flagrante. Ele foi encaminhado à Delegacia Regional de Tianguá da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), onde foi autuado em flagrante por falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. A pena é de reclusão de 10 a 15 anos e multa. A Polícia Civil segue investigando o caso.

Bianca Viana

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