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  05:11

Medicamentos para intubação no Brasil podem acabar em 20 dias

 

Dados das secretarias municipais de Saúde alertam que, em vários estados, os estoques públicos de medicamentos para intubação, estão em níveis críticos e, se continuarem assim, podem acabar nos próximos 20 dias. A notícia foi divulgada ontem (17/03), no Jornal Nacional.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) fez o alerta do possível desabastecimento e pediu que o Ministério da Saúde atue em conjunto com a indústria para garantir que os produtos continuem a ser fornecidos.

“O importante é que, nesse momento de gravidade, nós estejamos reunidos principalmente sob a regulação do Ministério da Saúde com a participação da indústria para nós estarmos regulando essa produção desses medicamentos; Ministério da Saúde e indústria para que não faltem nos hospitais de referência, principalmente nas unidades que estão no plano de contingência", afirmou o presidente do Conselho, Wilames Freire.

O chamado kit intubação tem, entre outros itens, remédios para anestesia, sedação e relaxamento muscular, que, são indispensáveis para o tratamento dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s).

Estados em situação alarmante

Entre os Estados que já estão em alerta com a possibilidade de esgotar os itens do kit intubação estão: Paraná, Pará, Distrito Federal e Florianópolis. 

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina já afirmou que corre o risco de ter desabastecimento. A situação é crítica no Hospital Estadual Nereu Ramos, que está diluindo os medicamentos de intubação para fazê-los render mais.

No Paraná só há bloqueadores neuromusculares suficientes para apenas dois dias. Além disso, os sedativos e analgésicos devem durar apenas mais uma semana.

No Pará, os 12 hospitais da rede estadual têm estoque do kit intubação pelos próximos 15 dias. Enquanto isso, a rede pública do Distrito Federal está com baixo estoque de antibióticos e sedativos.

E, para piorar, no DF, dois medicamentos estão esgotados: o propofol - anestésico geral de curta duração; e o vecurônio - relaxante muscular, que facilita a introdução do tubo na traqueia.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga já foi informado da situação, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto. O Jornal Nacional afirmou que, fontes não identificadas, revelaram que representantes de laboratórios informaram ao Governo que não conseguem atender toda a demanda em curto prazo. Além disso, segundo o JN, esses representantes sugeriram a importação dos produtos.

Alecio Rodrigues

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