Tem algumas coisas que parece que só acontecem no Brasil. Ou no Piauí. Com denuncias e suspeitas de gastos indevidos com recursos da Covid-19, da merenda escolar, de transporte escolar, CPFs premiados, editais que privilegiam aliados políticos, contratos de empresas de fachadas e outras inuemras denuncias que surgem todo dia na imprensa, a Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil quer que o prefeito de Miguel Leão tire o símbolo de um leão que tem na entrada a cidade.
O argumento do promotor Rafael Maia Nogueira é de que o ‘leão”, que está no nome do próprio município, também representa a família “Arêa Leão”, da qual faz parte o prefeito Roberto César Fontenelle Nascimento (PR), que como se ver, não tem Leão no sobrenome.
O promotor deu uma prazo máximo de cinco dias para a retirada do símbolo do leão colocado do portal de entrada da cidade, a contar a partir do dia 10 de março, sob pena de adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido.
Emancipada em 1962, desmembrada de Guadalupe, o município tem apenas 1.242 habitantes, sendo o menos populoso do estado e o 11° menos populoso do Brasil. O município também tem o 2º pior PIB (Produto Interno Bruto) do país. A cidade fica a 88 km ao sul de Teresina. Miguel de Arêa Leão é considerado seu fundador e os gestores quase sempre foram da família.
Leões antes da reforma do portal de entrada da cidade
Da Redação
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