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  23:48

Mulher que mandou matar o esposo no MT fez carreata para pedir justiça: 'Fria e calculista'

 Com informações do G1

‘Fria e calculista’. É dessa forma que a Polícia Civil de Mato Grosso classificou Ana Cláudia Flor, viúva do empresário Toni da Silva Flor, de 37 anos, morto há pouco mais de um ano em Cuiabá. Depois de quase um ano de investigação, Ana Cláudia foi presa no dia 19 de agosto último.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Marcel Gomes de Oliveira, a viúva que chegou a liderar uma mobilização na cidade pedindo justiça. Segundo as investigações, ela mandou matar o marido por motivação financeira.

Toni Flor foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020. Ele levou cinco tiros quando chegava numa academia. A vítima ainda passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte. 

“O que chamou mais nossa atenção foi a frieza e a dissimulação da Ana Cláudia. Ela ia até a delegacia durante as investigações e chegou ao ponto de organizar uma carreata da saudade. É uma pessoa fria e calculista”, resumiu o delegado.

A mãe de Toni, Leonice Silva Flor, disse que desconfiava que a nora havia mandado matar o filho dela.

“No dia do meu aniversário ela veio de tardezinha e falou: pensou que eu esqueci da senhora? Cantou parabéns para mim, me abraçou, me beijou. Mas dava aquele arrepio no meu coração, que era ela [que mandou matar Toni]”, comentou a mãe do empresário.

A irmã de Toni, Viviane Aparecida Silva Flor, disse que ficou em choque após saber que a cunhada era a mandante do assassinato. Ela disse que se sentiu traída por Ana.

“Parece que eu tinha levado um murro na boca do estômago, sabe? Era uma sensação de dor, de nojo, de repulsa, porque se teve uma pessoa que confiou nela fui eu. Todo mundo falava que poderia ser ela, várias pessoas, né”, afirmou.

A polícia começou a desconfiar da viúva após um telefonema anônimo no dia 27 de agosto de 2020, quando os investigadores ouviram um nome: Igor Espinosa. E seguiram em sigilo essa nova pista.

“A denúncia informava que o Igor teria comentado que teria matado um lutador de jiu-jitsu na porta de uma academia, e que esse crime teria sido encomendado pela viúva, pela esposa da vítima”, disse o delegado.

Depois da morte de Toni, Ana Cláudia deu entrevistas repetindo a versão do crime por engano. Ela chegou a organizar uma carreata em homenagem ao marido.

"Vou ficar cobrando uma solução!", disse a viúva, na ocasião. E mandou fazer mais de 100 camisetas para amigos e familiares - ainda restam algumas delas.

Ana Cláudia e Toni estavam casados fazia 15 anos. Mas, segundo parentes dele, a relação sempre foi muito tensa.

Prisões, confissão e motivação do crime
No dia 11 de agosto de 2021, exatamente um ano depois do crime, Igor Espinosa foi preso em Cuiabá após morar três meses no Rio de Janeiro gastando o dinheiro que, segundo a polícia, recebeu para matar Toni Flor: R$ 20 mil reais, um terço dos R$ 60 mil que teria acertado com Ana Cláudia.

“Não há qualquer dúvida de que ela foi a mandante desse homicídio”, disse o promotor Samuel Frungilo, que afirmou ainda que “ficou claro” que a motivação do crime seria o patrimônio de Toni Flor. “[Ela] Não queria, com a separação, dividir os bens do casal. Esse foi o principal motivo do crime”, disse

Da Redação

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