O lavrador Marciano Virgílio de Sousa, de 26 anos, passou por momentos de terror nesta segunda-feira (14), na localidade Camaratuba, na zona rural de São Julião, município localizado a 393 km de Teresina. O homem estava sozinho em uma roça da propriedade em que mora quando foi picado por uma cobra cascavel, serpente que possui um dos venenos mais letais do reino animal.
O Meionorte.com conversou com o agricultor Virgílio, pai do jovem, que explicou como tudo aconteceu. Segundo ele, na manhã de ontem, seu filho foi sozinho para uma roça limpar cajus quando sentiu a picada do animal, que com o susto, acabou desferindo um golpe com a enxada na cobra e a matou.
Em seguida, Marciano Virgílio, conseguiu encontrar um primo, que o levou de moto até a área urbana da cidade e de lá ele foi levado em uma ambulância para o Hospital Regional Justino Luz em Picos, onde conseguiu ser atendido e medicado a tempo. No trajeto, o jovem sentia dores de cabeça e vomitava.
“Ele foi para a roça limpar uns cajus e foi picado pela cobra. Ele estava sozinho e quando eu cheguei em casa ele já tinha sido socorrido. Um primo foi com ele de moto para a cidade e de lá ele foi para Picos de ambulância. Era uma cobra cascavel e ele matou ela com a enxada quando sentiu a picada. Depois ele só voltou pra casa e pediu socorro. Ele estava só na roça”, detalhou o pai.
Marciano Virgílio de Sousa já se encontra em casa após o susto e passa bem. A ação rápida após a picada evitou cenários piores para o lavrador, pois a cascavel é a serpente cuja picada causa mais mortes no Brasil.
Como tratar uma picada de cascavel?
A picada de cascavel não dói, segundo diversos relatos do Instituto Butantan. Quem for mordido jamais deve fazer torniquetes ou garrotes - isso agrava a ação do veneno e pode levar à amputação do membro atingido. Também não se deve enfaixar a ferida. Pode-se lavar a ferida com água e sabão ou com soro fisiológico.
No entanto, a melhor coisa a se fazer é levar a vítima o mais rápido possível para o hospital e, de preferência, com a cobra. Isso é importante para a identificação do animal, portanto, para a administração correta do soro antiveneno, ou antiofídico.
Se não for possível capturar a serpente, deve-se dar uma boa olhada nela, para depois descrevê-la ao médico e ele poder aplicar o soro correto.
Fonte: Meio Norte
Walton Carvalho
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