A Polícia Civil de Campo Maior continua a investigar membros de uma mesma família conhecida como ‘Cascavel’. Eles são acusados de uma série de assaltos no loteamento Roseira, na zona rural do município e ainda de terem enterrado clandestinamente há dois meses um idoso de nome Francisco, enrolado em uma rede.
De acordo com informações, eles estariam continuando a receber o dinheiro da sua aposentadoria. Policiais militares foram na última terça-feira na casa onde mora os suspeitos.
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Nesta quinta-feira (23), novas testemunhas compareceram na delegacia da cidade. Com exclusividade para a Rede Meio Norte, o repórter Helder Felipe conseguiu conversar com uma delas. A mulher, que prefere não ter a identidade revelada, afirma que o idoso sofria maus tratos, passava fome e teria morrido após receber uma injeção aplicada por um dos familiares.
“O idoso era mal tratado, vivia com fome, sujo, gritava 24 horas. Todo mundo está de prova, o idoso morreu não foi do Coronavírus, ele morreu de maus tratos. Tiveram até umas injeções que deram nele lá, que foi o marido da filha do idoso que deu injeção para ele clandestina, sem o médico”, declarou.
A testemunha afirma ainda que já foi ameaçada de morte, assim como outros moradores e que teme pela sua vida: “Lá tem o rapaz deles que diz que vai matar um por um, que só vai sair de lá quando matar todos, ameaçando todo mundo, mulher, homem, criança, não importa”, afirmou.
Após a repercussão do caso, uma das filhas do idoso, Maria Sousa procurou a Rádio Meio Norte de Campo Maior para dizer que o pai teria morrido de Covid-19 e confirmou não ter comunicado o falecimento dele para as autoridades.
“Ele morreu de Covid e eu fui e sepultei ele no meu terreno, porque foi o último pedido que ele fez. Eu tenho o atestado de óbito, mas eu não trouxe. Ele morreu no dia 29 de abril. Se a gente tivesse querendo os benefícios dele nós não tínhamos ido atrás do atestado médico, não tínhamos ido atrás dos nossos direitos, eu já venho da delegacia para mostrar que ninguém quer nada dele não, porque ele não tem nada, só tinha eu e Deus”, disse.
Já a testemunha afirma que eles mentiram para a polícia, ao afirmar que ele havia contraído o vírus. “Ela mente, diz que ele morreu de Coronavírus, mas todo mundo sabe que ela está mentindo. Ela estava com o cartão para poder ficar tirando dinheiro dele porque ela é uma pessoa que não tem consciência, gosta de fazer todo mundo refém”.
Segundo informações extraoficiais, a polícia aguarda uma autorização judicial para que o corpo seja exumado e causa da morte investigada.
FONTE: MEIO NORTE
Da Redação
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