Notícias envolvendo acidentes na avenida Santo Antônio em Campo Maior têm sido comuns há muito tempo e tal situação tem deixado os proprietários e trabalhadores dos estabelecimentos que ficam ao longo da via preocupados.
Na madrugada deste domingo (10) um jovem de 25 anos perdeu a vida ao ser atropelado por um veículo que vinha em alta velocidade em direção à saída para Teresina.
Também durante uma madrugada, no dia 24 de junho, outro jovem, Diogo da Silva Alves, de 19 anos, morreu após colidir o veículo que dirigia em um poste. No dia 19 de maio, um casal em uma motocicleta foi colhido por um veículo particular que saía de uma das vias de acesso do Açude Grande. O Piloto ficou seriamente ferido. No mês de abril uma mulher de 28 anos por pouco não teve a cabeça esmagada pelo pneu de um ônibus já próximo a rotatória que dá acesso a BR 343.
Esses são alguns dos casos ocorridos nos os últimos meses na avenida cujo movimento não para nem de dia nem de noite, sendo que a noite e durante a madrugada, motoristas e motociclistas castigam ainda mais o acelerador e fazem o percurso de modo desenfreado.
O Em Foco percorreu toda a extensão da avenida e constatou a falta de manutenção e também de sinalização. A não ser nas proximidades do terminal rodoviário, onde há duas lombadas próximas uma da outra, não há mais nenhum redutor de velocidade ao longo de toda a avenida. Verificamos a existência de um semáforo próximo a rotatória, porém, segundo moradores da área, o mesmo não funciona há cerca de um ano ou mais e está posicionado em um local de pouco aproveitamento.
Há setores da avenida, por exemplo, cujo cruzamento dá acesso a duas escolas e não há semáforo no local.
Dona Maria José mora na avenida Santo Antônio há 14 anos e já testemunhou inúmeros acidentes. Segundo ela, a maioria é mesmo por pura imprudência. Já a dona Nazaré que reside a poucos metros da via, foi vítima de atropelamento ao tentar atravessar a pista. Segundo ela o motociclista vinha em alta velocidade quando a atingiu.
O jovem Leander trabalha em uma pizzaria próximo aos muros do Patronato Nossa Senhora de Lourdes, exatamente num ponto da avenida onde antigamente havia uma lombada. A mesma foi retirada e a intenção era instalar uma lombada eletrônica. Esse equipamento não existe mais e, ao longo do maior percurso em linha reta, não há nenhum obstáculo que obrigue condutores de carros e motocicletas a reduzir. Para Leander, alguns quebra-molas seriam de grande ajuda nesse objetivo.
Outro problema visível é a ausência de estacionamentos, o que obriga os clientes de academias, lanchonetes e outros estabelecimentos a estacionarem na própria via, reduzindo o espaço transitável e prejudicando a visibilidade nos cruzamentos.
O fato é que providências precisam ser tomadas o quanto antes pelo poder publico a fim de reduzir o número de acidentes e evitar que mais famílias sofram a perda de seus entes queridos de modo prematuro.
Walton Carvalho
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