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  03:26

Empresário aciona MP contra a Prefeitura de Campo Maior

 

O empresário Leonardo Cavalcante entrou com uma ação no Ministério Público do Estado do Piauí contra a Prefeitura de Campo Maior por conta de uma obra que está sendo realizada na Rua Senador José Euzébio, em toda a extensão do Mercado Público Jaime da Paz.
  
A ação visa o embargo da obra que, segundo o empresário, estaria causando prejuízos à estrutura e à estética de um imóvel de sua propriedade situado ao lado de um dos galpões onde funciona a feira.

“Foi cavado um buraco de não sei quantos metros de profundidade ao lado da principal coluna de sustentação do prédio, que estourou cano, não procuraram saber se ali tinha uma fossa, não pediram nenhuma planta do prédio pra saber se poderia cavar aquele buraco. Não houve notificação, não houve conversa, não houve nada”, declarou o empresário. 
  
Segundo a prefeitura, trata-se de uma obra de reforma e ampliação do Mercado iniciada no começo do mês de julho, com entrega prevista para o mês de dezembro deste ano, e um investimento da ordem de 2 milhões de Reais obtidos via emenda parlamentar. 

O Em Foco esteve no Mercado Público nesta manhã de segunda-feira conversando com os feirantes e demais comerciantes do local e constatou que o sentimento da maioria é de otimismo quanto ao resultado final da obra, cuja promessa é aumentar o fluxo de pessoas e fomentar o comércio local. No entanto muitos se queixaram também da falta de transparência do projeto.
 
Alguns comerciantes só se aperceberam quando os pedreiros chegaram para abrir os buracos nas calçadas para a instalação das fundações de concreto que deverão sustentar as colunas, que por sua vez, sustentarão uma cobertura que deve se estender por toda a extensão do mercado, incluindo o popularmente chamado “Beco dos Lisos”. 

Uma feirante que prefere não ser identificada contou que teve um prejuízo da ordem de R$ 2.000,00, pelo fato de não ter sido avisada previamente que precisaria desmontar sua barraca para a instalação de uma dessas fundações. Com isso a comerciante perdeu clientes e teve a sua mercadoria (legumes e frutas) estragada. 

Leonardo Cavalcante afirma também que o buraco aberto para a instalação do pilar de concreto foi cavado no terreno de seu prédio e não na área da calçada. Segundo ele, além de causar prejuízos ao edifício, as reuniões ali realizadas pela Igreja Universal também foram prejudicadas por vários dias.


 
O empresário reconhece a importância da obra, mas considera injusto que ele venha a arcar com os prejuízos causados ao seu imóvel. O mesmo afirma que tentou resolver a situação conversando com os responsáveis na prefeitura, inclusive com a irmã do prefeito João Félix, a secretária de administração e finanças Rosário Félix, que teria feito pouco caso do problema. 

 

Walton Carvalho

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