O mototaxista Francknaldo Rodrigues Ibiapina, mais conhecido como “Louro”, foi absolvido em Júri Popular realizado nesta quarta-feira (17), no Fórum do município de Campo Maior, região norte do Piauí. Ele era acusado de matar Suderlan Melo do Nascimento, com uma facada na região do pescoço.

Dez anos depois, ao final do júri, os jurados entenderam por absolver o suspeito. De acordo com o advogado de defesa Hartônio Bandeira, o conselho de sentença percebeu que seu cliente não oferecia risco e resolveram por perdoá-lo. 

“O pai de Francknaldo, o senhor Salvador, andava em uma bicicleta, quando foi abarroado pela vítima, Suderlan. Ao se desculpar, Suderlan não entendeu e lhe deu um tapa no rosto no senhor Salvador. Após chegar em casa, Francknaldo ficou sabendo do fato e se dirigiu até Suderlan, ocasião em que  desferiu uma facada e após ser conduzido ao hospital perdeu a vida. Franknaldo tinha sido denunciado e pronunciado por homicídio qualificado consumado e ontem o conselho entendeu, após 10 anos, que o réu não oferecia risco à sociedade, que a pena seria descabida e entenderam por perdoar Franknaldo, e ele foi absolvido”, disse.

O CASO

O mototaxista Franquinaldo Rodrigues Ibiapina, de 33 anos, foi preso na tarde de segunda-feira do dia 23 de abril de 2012. Ele era acusado de assassinar Suderlan Melo Nascimento, de 20 anos.

O crime aconteceu no fim da tarde do último domingo (22), quando o acusado encontrou com a vítima no Bairro São Luiz. Franquinaldo procurava a vítima desde que houve um acidente de moto envolvendo Suderlan, Salvador Ananias Ibiapina, pai de Franquinaldo.

O acusado alegou que depois do acidente, Suderlan teria acredito seu pai, por isso cometeu o crime. Desde o ocorrido que o acusado estava foragido, mas a policia continuava fazendo diligencias chegou ao acusado, que estava escondido no Conjunto Agenor Melo, em Campo Maior.

Segundo o delegado Daniel Pires, o Franquinaldo alegou que cometeu o crime sobre forte emoção pelo fato de seu pai ter sido espancado por Suderlan.

Lorinho mototaxista, como é mais conhecido o acusado, disse que quando chegou perto da vítima ainda perguntou o motivo de um mesmo ter agredido seu e pai e este teria respondido que agrediria de novo. Foi aí que desferiu os golpes de facão que levaram Suderlan à morte horas depois.

O advogado vai trabalhar com a alegação de que seu cliente cometeu o crime por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, e injusta provocação da vítima, caracterizado como homicídio privilegiado.

O delegado Daniel Pires lavrou o flagrante e tem agora dez dias para ouvir as testemunhas e encaminhar o processo para a justiça.

FONTE: CAMPO MAIOR EM FOCO/MEIO NORTE