Uma tentativa de roubo terminou com um suspeito baleado na região do Campo Belo, Zona Sul da capital, na sexta-feira (26). A vítima do assalto, um empresário de 38 anos, acabou sendo presa por ter atirado contra o ladrão mesmo depois de ele estar rendido por um policial civil. 

De acordo com a polícia, o empresário tem licença de arma de colecionador, atirador esportivo e/ou caçadores, os chamados CACs. Ele relatou que estava em um posto de combustíveis, na Rua Demóstenes, quando foi abordado por um homem que anunciou o assalto e tentou roubar seu relógio.

Em seguida, o empresário começou a perseguir o bandido pelo bairro e foi atirando contra ele com uma arma de fogo. Ao menos dois comércios foram atingidos com seis disparos. 

Um policial civil, que estava em uma viatura descaracterizada, foi informado por moradores sobre o caso e localizou o suspeito, que correu e se escondeu atrás de uma árvore. Para contê-lo, o policial atirou na perna do homem, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Na sequência, a vítima se aproximou do local e atirou novamente contra o criminoso, que precisou ser encaminhado ao Hospital Saboya. O empresário foi desarmado pelo policial e conduzido ao 27º Distrito Policial.

"A vítima foi presa porque deixou de ser vítima porque fez justiçamento. Então, o ladrão foi autuado por crime de roubo e o empresário foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio", afirmou o delegado Eduardo Luiz Ferreira. 

O Exército brasileiro disse, em nota, que os atiradores desportivos e caçadores precisam obter uma guia de tráfego para transportar as armas. Essa guia permite apenas o transporte entre o local onde a arma está guardada e o local da prática desportiva, da caça ou para manutenção. Quem é apenas colecionador também precisa dessa guia, mas só pode transportar a arma entre o local onde ela fica e uma eventual exposição. As armas devem ser transportadas desmuniciadas, ou seja, sem carregadores, e com as munições separadas da arma.

Fonte: Meio Norte