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Os profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Campo Maior realizam na manhã deste sábado (13) mais uma manifestação grevista. Cartazes, palavras de ordem e discursos acalorados marcaram o movimento que ocorreu nas dependências da unidade de saúde regional.
O movimento desse sábado mostrou a resistência da classe mesmo após o Tribunal de Justiça do Trabalho decretar, na última quinta-feira, a ilegalidade da paralização. O Poder Judiciário alegou na decisão o fato da greve adiar as cirurgias e pôr em risco a saúde da população carente que depende exclusivamente do serviço público de saúde.
O enfermeiro Fernando Viveiros questionou a decisão judicial. “É absurda. É uma decisão de quem não está por dentro do que acontece nos hospitais, não sabe, não conhece a realidade. Ele simplesmente de baseou numa afirmação da Sesapi quem nós estávamos prejudicando os pacientes, mas isso é uma mentira. A própria Sesapi se contradisse quando divulgou uma nota que o número de cirurgias aumentou no período da greve”, disse.
Em Campo Maior, cerca de 90% dos auxiliares, técnicos e enfermeiros concursados aderiram à greve. Desde o último dia 4 de fevereiro o Hospital Regional funciona apenas com os prestadores de serviço e 10% dos profissionais efetivos. “A greve fica comprometida não só aqui, mas em outros hospitai porque são muitos os contratados. Em vez de chamar os concursados eles ficam contratando um e outro”, comentou Fernando Viveiros.
O movimento estadual da classe luta entre outras coisas pelo pagamento da gratificação pelo incentivo de melhoria de saúde, que está sendo usado para pagar outras funções, reajuste salarial que não acontece há dois anos, adicional noturno, mudança de nível. Os grevistas reivindicam ainda o retorno da insalubridade, que segundo eles, foi contada em 50% no mês de janeiro.
Nas reivindicações para o Hospital Regional de Campo Maior a paralização busca melhorias na estrutura interna do local e nas condições de trabalho. “Falta lençol, falta ar-condicionado, ventiladores, a pediatria está sucateada, com ratos e baratas, e as condições gerais de trabalho. A fachada foi reformada recentemente, mas nós que estamos lá dentro sabemos o que acontece”, revelou Fernando Viveiros.
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