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  01:34

Policial lotado em Campo Maior se apresenta à PM sob suspeita de participação no estupro de Castelo

O comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar de Campo Maior, coronel Ruy Nunes Cordeiro, confirmou a remoção do mesmo policial militar para o Comando Geral.

 Acusações estariam no depoimento de um dos jovens condenados pelo estupro, que foi assassinado

O soldado que estaria envolvido no crime do estupro coletivo em Castelo do Piauí se apresentou nesta segunda-feira (12/08) à Corregedoria ao Quartel do Comanda Geral da Polícia Militar, a pedido com comandante Geral, Coronel Carlos Augusto Gomes de Souza.

 

Segundo o comandante do 15º Batalhão Tenente-Coronel Rui Cordeiro, o soldado não foi afastado de suas funções, apenas encaminhado à Teresina a pedido do comando geral, até para sua integridade, mas disse que não existe processo aberto contra o policial. “O Comandante geral mandou chamar e ele se apresentou hoje. Eu creio que devem abrir alguma coisa pra investigar e se for culpado será punido” disse Cordeiro.

 

Quando perguntado se a polícia tinha conhecimento do possível envolvimento do policial, o comandante disse que não. “A polícia não sabia que ele era citado. O processo não é aberto pra gente e não chegou nada pra gente. Os defensores foi quem, pegando o processo, viram isso e saiu na imprensa e o comandante geral pediu agente pra mandar ele pra lá” disse o comandante do PM na região dos Carnaubais.

Cordeiro disse que não tinha conhecimento do nome do policial nos depoimentos e que se a polícia investigativa sabia também não informou. Ele disse ainda que pode ter sido na fase de instrução do Juiz, mas que só soube agora pela divulgação da imprensa e que conversou com o policial e ele negou tudo.

 

O Em Foco tentou falar com o Delegado Laércio Evangelista, responsável pela investigação pra saber se o nome do policial já aparecia desde o início das investigações, mas o mesmo não foi localizado. Fizemos contado, por uma rede social, com um número que seria do policial e questionamos as informações já divulgadas. Ele apenas perguntou se seu nome tinha saido na matéria e não respondeu mais.

 

ADVOGADO FALA

O advogado Anderson Cleber Sousa, que defende o policial, entregou oficio por volta do meio-dia ao comandante de policiamento do interior, coronel Paulo de Tarso. Em entrevista à TV Cidade Verde, ele disse que o policial vai ficar em Teresina, já que há muitos boatos e por questão de segurança. “Ele está doente, vai ter acompanhamento psicológico e não sabemos o porquê da apresentação. Está muito ansioso. É um pai de família e estão tentando manchar sua imagem”, disse o advogado. 

 

O policial está há mais de 20 anos na corporação e não há nada que o vincule ao fato, segundo sua defesa.  O comandante do Interior disse que ele vai ficar afastado das suas funções, temporariamente, enquanto aguarda a apuração dos fatos. 

 

“Formalmente não existe nada oficial na Polícia Militar envolvendo o policial no crime de Castelo. Até agora o que temos é só boato. Mas, ele está sendo trazido para Teresina para ter uma maior transparência na apuração”, disse o coronel Paulo Tarso.  

 

A tese de envolvimento do policial militar no caso, surgiu após a Defensoria Pública confirmar um pedido de investigação do suposto recebimento de R$ 2 mil por Gleison Vieira da Silva para cometer crimes na região e incriminar os outros três menores no estupro em Castelo. A defensora Aline Patrício revelou em entrevista ao Jornal do Piauí a existência de áudios de um dos menores suspeitos de envolvimento no crime, que já havia declarado essa versão em depoimento antes da morte de Gleison. 

 

 O advogado do policial militar nega e disse que ele está à disposição para esclarecimentos. 

Por Otávio Neto

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