A vice-governadora Margarete Coelho (PP) saiu em defesa do ex-presidente Lula durante evento do Partido Progressista Mulher em Campo Maior nessa segunda (7). Ela criticou a condução coercitiva na qual o líder político do PT foi submetido na última sexta-feira quando foi deflagrada a 24ª fase da operação Lava Jato. 

Margarete Coelho, que além de vice-governadora é jurista e professora de direito constitucional, ao ser questionada pelo Em Foco usou argumentos jurídicos para classificar o ato do Juiz Sérgio Moro contra Lula como excessivo e disse que houve nesse caso um descumprimento da constituição federal. 

“Concordo que ninguém está acima da lei. Inclusive a lei deve ser cumprida por eles também (instituições jurídicas). O que eu não concordo é a forma com que ele (Lula) foi conduzido para depor; nem ele nem ninguém. Levar alguém na marra para depor isso só pode acontecer quando a pessoas for intimada 1, 2, 3 vezes e não comparecer”, explicou. 

“O que o Ministro do Supremo (Tribunal Federal) Marco Aurélio disse é que não era esse caso. O Lula já mais tinha sido intimado para depor. Pareceu uma medida excessiva, uma medida de força, uma medida que enfraquece as instituições. Acho que o juiz não precisava disso, bastava ter intimado. Se ele não fosse que conduzisse na marra. Acho que houve um descumprimento da constituição”, finalizou. 

Já a Deputada Federal Iracema Portela (PP), que também acompanhou o evento da sigla em Campo Maior, disse que vai aguardar as investigações para se posicionar a respeito do suposto envolvimento de Lula nos esquemas de corrupção da Petrobrás. 

“Nós recebemos todos atônicos. Essas informações precisam ser confirmadas porque a delação do Delcídio Amaral não homologada ainda. Por enquanto é apenas especulação. Não vamos nos pronunciar até que seja homologada essa delação premiada”, revelou Iracema. 

Em defesa de Dilma
Vice e deputada também defenderam a permanência da presidente Dilma Rousseff. Margarete declarou que o problema de Dilma é uma baixa aceitação popular e explicou que isso não é caso para o impeachment, pois não há nenhuma comprovação de caso de corrupção praticado pela presidente.   

Iracema Portela afirmou que o impeachment não fortalece a democracia. “Não podemos tirar uma presidente eleita pelo povo só porque ela está impopular”.