Um vídeo feito por moradores da Localidade Mato Seco, na Zona Rural de Miguel Alves, a 118 km de Teresina, mostra uma retroescavadeira retirando o calçamento de uma das três ruas pavimentadas recentemente. O motivo, segundo a empresa fornecedora das pedras, seria a falta de pagamento do material pela construtora responsável pela obra.
Ao g1, o empresário Abmael Medeiros, proprietário da fornecedora do material da obra, a Construtora Ideal Eireli não efetuou o pagamento das pedras utilizadas na pavimentação, já a construtora negou que fosse responsável por essa obra.
"Eu forneci o calçamento de paralelepípedo. Depois de três dias da compra o pagamento ainda não tinha sido efetuado, quando cobrei recebi um comprovante de pagamento falso. Mesmo depois de questionar, a construtora ainda mandou outro comprovante falso, por isso fui lá e retirei meu material", afirmou o empresário Abmael.
O empresário também contou que os funcionários que fizeram a pavimentação da rua também eram terceirizados e não tinham recebido o pagamento.
Licitação
A obra no município foi licitada para a Construtora JDN EIRELI que, em entrevista ao g1, informou que terceirizou os serviços da Construtora Ideal para a pavimentação da rua. Contudo, esta não cumpriu sua parte no acordo.
"Estamos resolvendo a situação pavimentando novamente a via. O problema se deu entre o fornecedor do material e a construtora contratada por nós para administrar essa parte da obra. Mas devido o transtorno, reincidimos o contrato e demos início novamente à obra", explicou o representante da Construtora JDN que não quis se identificar.
O outro lado
Procurada, a Prefeitura de Miguel Alves informou que a obra é de responsabilidade do Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi). Já o Idepi afirmou que os pagamentos foram repassados devidamente à empresa, e que o impasse foi gerado por problemas entre ela e os seus contratados.
O g1 entrou em contato com a Construtora Ideal Eireli, que negou ser responsável pela obra e pela falta de pagamento de fornecedores e trabalhadores.
2ª situação incomum
Essa não é a primeira vez que moradores da zona rural de Miguel Alves testemunham uma situação incomum. Em fevereiro, uma estrada foi asfaltada mesmo com vários postes de energia elétrica localizados no meio da via.
Os postes foram sinalizados com listras pretas e amarelas para tentar alertar os condutores. Ainda assim, moradores de comunidades na região relataram que as estruturas atrapalhavam o tráfego e que já haviam sido registrados acidentes de trânsito no local.
FONTE/CRÉDITOS: G1
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