Juniel Assis Paes Landim, acusado de assassinar João Rodrigues Neto Dias, marido da secretária de trabalho e assistência social do município de São Raimundo Nonato, Valdenia Costa, foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (23).

O crime aconteceu no dia 13 de setembro de 2022. João Rodrigues foi morto na frente das filhas. Os mandantes do crime teriam ordenado que necessariamente ele fosse morto na frente das crianças.

O julgamento de Juniel ocorreu no auditório do Centro Diocesano de São Raimundo Nonato. Depois dos depoimentos de testemunhas, incluindo a viúva da vítima, Juniel foi chamado, mas preferiu ficar em silêncio.

Envolvidos no assassinato

Em dezembro de 2022, o juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas, da 1ª Vara da Comarca de São Raimundo Nonato, determinou a pronúncia dos sete acusados de matar João Rodrigues.

Foram pronunciados pelo homicídio qualificado: Juniel Assis Paes Landim, Paulo Ferreira Pereira, Juliermes Braga Paz Landim, Patrícia Ferreira Pereira, Mauro Viana de Almeida, Roniglesias dos Santos Silva e Luiz Ferreira dos Santos Neto.

A decisão de somente Juniel Assis ir a Júri Popular nesta terça-feira (23) está despertando questões na família da vítima, que questiona o motivo dos demais envolvidos na execução não terem ido a Júri até o momento.

Relembre o caso

João Rodrigues Neto Dias foi morto a tiros na frente das duas filhas, de 8 e 11 anos, no dia 13 de setembro de 2022, no Centro de São Raimundo Nonato.

Segundo a Polícia Civil, Juniel Assis Paes Landim receberia R$ 5 mil para matar João, com a exigência de que ele fosse morto diante das duas filhas.

Os mandantes do crime são familiares de Pedro Ferreira - vítima de um acidente de trânsito ocorrido há no mês de junho de 2022, também em São Raimundo Nonato. Ele morreu depois de colidir com um animal em uma estrada, quando conduzia uma moto.

Na ocasião, João Rodrigues estava em um carro logo atrás, e ao tentar desviar dos animais que se encontravam na pista, colidiu contra Pedro. O laudo concluiu que João não teve culpa no acidente.

Ainda conforme a Polícia, como uma forma de vingança por terem visto o pai morrer, os filhos de Pedro ordenaram que a vítima fosse executada na frente das filhas.