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  13:42

Animais morrem queimados em incêndio que já dura cinco dias no Norte do Piauí

 Fotos: Reprodução

Tatus, tamanduás e raposas foram alguns dos animais mortos em um incêndio florestal que já dura cinco dias no município de São João da Fronteira, no Norte do Piauí, na divisa com o Ceará. Segundo Amorim Paiva, morador da zona rural de São João da Fronteira, o fogo iniciou no estado vizinho na segunda-feira (4) e chegou no território piauiense na quarta-feira (6).

A população da comunidade Pavuna, povoado onde Amorim mora, se uniu por conta própria para tentar apagar os focos de incêndio. Eles se revezam em turnos e grupos para pegar água e levar até a frente do fogo, com quase 5km de extensão.

“Estamos enxugando gelo, porque os focos mudam constantemente. A gente apaga um, mas o vento levas as fagulhas e faz surgir outro foco. O fogo tem devastado plantações, a vegetação toda e até muitos animais como tamanduás, tatus e outros pequenos mamíferos e répteis, temos encontrado mortos na mata”, disse o morador.

Algumas pessoas, como famílias com idosos, da zona rural de Ibiapina (CE) e São Benedito (CE), onde o fogo começou, já foram retiradas de suas residências devido à fumaça e risco de novos focos. No Piauí, só na comunidade Pavuna, mais de 200 pessoas são ameaçadas pelas chamas.

Trabalho de combate às chamas
Na quarta-feira (6), brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) do Parque de Ubajara se uniram aos moradores de São João da Fronteira para tentar apagar o fogo.

Somente nessa sexta-feira (8), as equipes de moradores de São João da Fronteira tiveram o auxílio do Corpo de Bombeiros do Piauí. Ao todo, no combate ao incêndio, são 20 moradores da comunidade Pavuna, 6 brigadistas do ICMBio, 6 bombeiros do Piauí, além da ajuda de 14 moradores voluntários da cidade de Quixeramobim (CE).

O ICMBIO está com duas caminhonetes transportando bombas de água e também moradores, voluntários. O Corpo de Bombeiros do Piauí atua com um caminhão. Porém, em alguns locais o acesso é difícil e a frente de moradores tem usado motos para o transporte de água e dos voluntários.

Fonte: G1

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