A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que quatro em cada 10 brasileiros têm pressão alta. A agência internacional de promoção à saúde divulgou um relatório, nesta terça-feira (19/9), durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, destacando o “impacto devastador” da condição para a população mundial.
A taxa de prevalência da doença entre pessoas com idades entre 30 e 79 anos no Brasil é de 45%, maior que a média global de 33%. Segundo a OMS, é urgente que os países se mobilizem para prevenir o problema de saúde, cujas consequências podem levar ao infarto e AVC.
O cardiologista Thiago Germano Oliveira de Siqueira, do Hospital Anchieta de Brasília, aponta que a pressão alta é uma doença silenciosa, significa que evolui sem que os pacientes saibam que estão com o problema. “Na grande maioria das vezes, a hipertensão não dá indícios. Então temos de fazer avaliações rotineiras, medir a pressão para um diagnóstico precoce. Quando descobrimos a doença em estágio avançado, as pessoas já apresentam lesões no coração por não terem controlado o problema”, explica.
Seus riscos
Atualmente, 50,7 milhões de brasileiros vivem com pressão alta, sendo que apenas 67% possuem o diagnóstico da doença e só 33% vivem com ela controlada.
“O reforço do controle da hipertensão deve fazer parte da jornada de todos os países rumo à cobertura universal de saúde, baseada em sistemas de saúde que funcionem bem, sejam equitativos e resilientes, construídos sobre uma base de cuidados de saúde primários”, defendeu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado à imprensa.
De acordo com os dados levantados, países que mantém programas nacionais de controle da pressão alta, como o Brasil, conseguem benefícios econômicos, ao evitar cirurgias cardíacas graves e mortes. O custo de manter programas é 18 vezes menor do que o de tratar as consequências.
Mas, o que é pressão alta?
A pressão arterial é considerada alta quando igual ou superior a 14 por 9. Segundo a avaliação da agência, o número de pessoas atingidas pela pressão alta no mundo duplicou entre 2000 e 2019.
Para evitar que o crescimento continue, a OMS recomenda mudanças no estilo de vida, como seguir uma dieta mais saudável, parar de fumar e ser mais ativo fisicamente.
Fonte : Metrópoles
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