O motorista de aplicativo Filipe do Valle Prado, de 30 anos, suspeito de espancar a namorada por cerca de 6 horas em um motel no bairro Macaúba, Zona Sul de Teresina, foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público e deve responder pelos crimes de lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo.
Conforme a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP, a investigação concluiu que o motorista teria cometido os crimes de tentativa de homicídio, com as qualificadoras de feminicídio, morte torpe, meio cruel e sem chance de defesa para a vítima. Entretanto, o Ministério público decidiu denunciá-lo por lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo.
"O promotor acabou não entendendo pela tentativa de feminicídio, mas entendeu pela lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo. Durante a apreensão do celular dele, encontramos algumas conversas e imagens dele com arma", explicou a delegada.
Entenda o caso
O motorista de aplicativo Filipe do Valle Prado, de 30 anos, foi preso no dia 17 de maio, suspeito de tentativa de feminicídio na Zona Sul de Teresina. Segundo a delegada Nathália Figueiredo, o homem espancou a companheira por cerca de 6 horas em um quarto de motel no bairro Macaúba. O crime ocorreu no dia 11 do mesmo mês.
Segundo a delegada, apesar dos gritos, ninguém acionou a polícia e mais tarde, no hospital, mesmo ao ver a mulher com o rosto desfigurado, a policia não fez a prisão em flagrante. Chamou a atenção o fato de que o reconhecimento facial do celular da vítima não funcionou, dado o nível de desfiguração do rosto após as agressões.
Suspeito foi preso duas vezes em cerca de 48h
O homem foi preso por tentativa de feminicídio no dia 17 de maio, depois havia sido posto em liberdade provisória no sábado (18), um dia após o crime. Contudo, teve a prisão decretada novamente dois dias depois, devido principalmente à crueldade das agressões e por indícios de reincidência do motorista.
"A segregação cautelar é necessária considerando principalmente a periculosidade (...), pela gravidade concreta evidenciada no modus operandi de extrema violência contra a mulher em razão de seu gênero, e visando a assegurar a integridade física e psicológica da ofendida", considerou o juiz Valdemir Ferreira Santos.
Fonte: G1
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