A adolescente Maria Rita de Cassia dos Santos e Silva, de 14 anos, foi encontrada morta nesta quinta (8) depois de quase 20 dias desaparecida. O corpo da jovem foi achado próximo ao Caps do Alto da Ressurreição, Zona Sudeste de Teresina, mesma região onde foi vista pela última vez.
A família informou que ela havia saído de casa no dia 21 de julho, na Vila Boa Esperança, bairro Dirceu I, e estava desaparecida desde então.
A jovem foi reconhecida pelas roupas que usava, além de acessórios que a família identificou. Moradores da região perceberam a presença do corpo por volta de 7h45 e a polícia foi acionada. A Polícia Civil informou que, mesmo assim, serão realizados exames para confirmar a identificação da vítima.
O irmão de Maria Rita, Nilton Cesar, relatou que é possível reconhecer a irmã por pertences que ela usava no dia do desaparecimento.
"É possível reconhecer por conta do chinelo, relógio e vestido preto que ela usava quando saiu. É uma barbaridade o que fizeram com a minha irmã. Ela só tinha 14 anos e não fazia mal a ninguém. Foram 19 dias procurando, 19 de sofrimento e ainda mais sofrimento agora. Esperamos pelo menos que a justiça seja feita", lamentou o jovem.
Segundo o comandante Lopes, do 8º Batalhão da Polícia Militar (8º BPM), além dos pertences da menina, a equipe encontrou no local uma camisa masculina, aparentemente ensanguentada e um boné, que não eram de Maria Rita.
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi ao local, junto do IML. As causas da morte ainda não foram identificadas. O corpo será periciado para determinar que tipo de violência a vítima pode ter sofrido.
Desaparecimento
Segundo a família, Maria Rita saiu de casa por volta das 22h no domingo, 21 de julho, apenas com a roupa do corpo (um vestido preto) e sem o celular, enquanto seus pais estavam dormindo. Ela também não avisou para onde ia.
"Ela já saiu umas duas vezes sem avisar, mas levava o celular e quando era de manhãzinha mandava mensagem 'mãe, estou chegando aí'. E aí, quando ela chegava, eu botava ela pra sentar, a gente conversava, eu dizia pra ela que não era certo, sair sozinha assim sem avisar. E ela me disse 'ta bom, mãe, a senhora tá certa, não vou mais sair mais não'. Geralmente ela só saía se fosse comigo, pra algum aniversário, pro teatro onde o irmão dela estuda, pra um supermercado, ela só saia se fosse comigo", explicou a mãe Conceição Vidal.
Segundo a mãe, na noite em que Maria Rita desapareceu, uma vizinha viu a menina saindo da casa com um vestido preto, a pé. A vizinha disse que não informou à família porque a porta da casa ficou aberta, e por isso pensou que os familiares sabiam que ela estava saindo.
Conforme a mãe de Maria Rita, o Boletim de Ocorrência de desaparecimento foi registrado na terça-feira (23) e, desde então familiares, vizinhos e amigos faziam mutirão realizando buscas e distribuindo cartazes com o rosto e informações para contato.
"Há três anos ela faz acompanhamento e tratamento contra depressão. Hoje mesmo [31], ela tinha uma consulta, que eu tive que desmarcar", afirmou Conceição.
Fonte: G1
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