O funcionário público Gasparino Lustosa Azevedo foi preso nesta terça-feira (19), em Brasília (DF), pela condenação por estupro de vulnerável. Mesmo condenado, Gasparino conseguiu disputar as eleições em 2024 e virou suplente de vereador da cidade de Sebastião Barros.
Segundo o delegado Yan Brainer, da diretoria de inteligência da Polícia Civil do Piauí, Gasparino foi preso no âmbito da Operação Lembrados, que busca pessoas foragidas da justiça do estado. Segundo o delegado, Gasparino foi localizado pelos policiais do Piauí. Eles acionaram a PC do Distrito Federal, que realizou a prisão dele.
Como já está condenado, Gasparino deve ser encaminhado para um presídio no Piauí, para cumprir a pena a que foi condenado, de 10 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável.
Estupro na noite de Natal
Gasparino Azevedo é agente de saúde da prefeitura de Sebastião Barros desde 2013.
O estupro aconteceu no Natal de 2015. Segundo a sentença, Gasparino Azevedo violentou uma menina, então de 17 anos, por mais de uma hora, dentro do carro dele.
Para mantê-la sob seu poder, Azevedo fez ameaças de morte e espancou a jovem, chegando a deixá-la inconsciente.
Depois do crime, ele abandonou a vítima praticamente nua e fugiu. A garota sofreu lesões, e ficou traumatizada por dias, segundo a decisão.
"Ela estava toda arranhada de arame”, contou uma das testemunhas à Justiça.
Lei da Ficha Limpa
Azevedo não poderia sequer estar filiado a um partido político, segundo especialistas ouvidos pelo g1. Isso porque, ao condená-lo por estupro, a Justiça do Piauí determinou a suspensão de seus direitos políticos.
"Isso está previsto no artigo 15 da Constituição Federal. Ter os direitos políticos suspensos é mais grave do que inelegibilidade, uma pessoa com direitos políticos suspensos ela não pode ser votada, ela não pode votar, ela não pode estar filiada a partido político", diz Fernando Neisser, professor de direito eleitoral da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em 27 de março de 2024, entretanto, Azevedo conseguiu se filiar ao PT. Procurado, o diretório não comentou o caso.
Fonte: G1
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