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  02:22

Médicos da rede estadual paralisam atividades na próxima segunda (10)

Além do pagamento do reajuste salarial, a categoria também reivindica melhores condições estruturais para os hospitais da Capital e do interior do Estado

 

Os médicos que atuam nos hospitais da rede estadual de saúde vão paralisar suas atividades por 48 horas, a partir desta segunda-feira (10). Durante o movimento, todos os atendimentos eletivos, como consultas, exames e cirurgias, ficam suspensos e apenas os casos de urgência continuam a ser atendidos nos hospitais. 

 

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi), após o Governo do Estado, mais uma vez, descumprir o acordo de reajuste salarial, firmado ainda no ano passado. Pelo acordo, o Governo pagaria 30% de reajuste dividido em três parcelas, durante o triênio de 2016, 2017 e 2018. A primeira parte deveria ter sido paga no mês de maio deste ano, o que, de acordo com o Sindicato, ainda não aconteceu. 

 

“Fizemos um acordo com o Governo do Estado, que foi assinado pelos secretários de Saúde, Fazenda e Administração. Nesse acordo, ficou estabelecido que, em maio desse ano, seria dado um reajuste. Só que isso não aconteceu, porque o Governo alegou dificuldades financeiras. Após esse episódio, o Governo, mais uma vez, prometeu pagar o reajuste no mês de setembro. Até o momento, esse pagamento não foi realizado e a categoria não foi informada sobre os motivos. Por conta dessa falta de diálogo, resolvemos paralisar”, pontua o vice-presidente do Simepi, Samuel Rêgo. 

 

Além do pagamento do reajuste salarial, a categoria também reivindica melhores condições estruturais para os hospitais da Capital e do interior do Estado. De acordo com o Simepi, diversos municípios estão sem atendimento médico, pela falta de estrutura dos hospitais. “A situação é muito crítica. Em alguns hospitais faltam até mesmo roupas para os profissionais e, por conta disso, cirurgias estão sendo desmarcadas. Hospitais, que foram construídos para serem centros de referência no interior do Estado, estão, praticamente, parados, sobrecarregando os hospitais da Capital, por exemplo”, destaca Samuel Rêgo. 

 

Após o final da paralisação de 48 horas, os médicos que atuam na rede estadual devem se reunir, em assembleia, para determinar os rumos do movimento. Apesar de ainda não estar em pauta, o Sindicato não descarta a possibilidade do início de uma greve envolvendo todos os médicos da Capital e do interior. “A princípio, vamos fazer dois dias de paralisação. Não temos intuito de fazer uma greve, mas isso vai depender da resposta que tivermos do Governo do Estado”, comenta o vice-presidente do Simepi.

 

Fonte: Portal O Dia 

Por Otávio Neto

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