Morreu na manhã deste domingo (4) o escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro Ferreira Goullar, no hospital Copa D'Or, localizado no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Ferreira Gullar
José de Ribamar Ferreira nasceu em São Luís, no Maranhão. e foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira, da qual tomou no dia 4 de dezembro de 2014. O poeta foi militante do Partido Comunista e por conta da ditatura militar foi obrigado a morar na União Soviética, Argentina e Chile na década de 1970.
Em 1977 retornou ao país, mas foi preso no dia seguinte por agentes do Departamento de Polícia e Política. Ele foi libertado depois de três dias graças à intervenções de amigos e autoridades do regime.
Prêmios e indicações
Gullar ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, Brasil e Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Já em 2007, seu livro "Resmungos" ganhou o Prêmio Jabuti de melhor ficção do ano.
Ele foi agraciado com o Prêmio Camões em 2010 e em outubro do mesmo ano, contemplado com o título de Doutor Honoris, na Faculdade de Letras da UFRJ.
Em outubro de 2011, Gullar ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia "Em Alguma Parte Alguma", que foi considerado o livro do ano de ficção. No mesmo ano, a obra "Poema Sujo" inspirou a vídeo instalação "Há muitas noites na noite", dirigida por Sílvio Tandler.
Em 2015, o poema de Ferreira Gullar inspirou uma série documental também chamada de "Há muitas noites na noite", com sete episódios, exibida pela TV Brasil entre o fim de 2015 e o início de 2016.
Fonte: IG
Por Otávio Neto
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