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  04:30

Funcionário é preso suspeito de participação em assalto milionário à Servi-San

Funcionário estaria em um colégio, onde faz bico, e câmaras de seguranças na região mostraram ele entrando no veículo dos bandidos espontaneamente.

 Carros encontrados abandonados, que podem ter sido usados pelos bandidos na fuga. Fonte: Cidadeverde.com/G1

Um funcionário da Servi-San, que ainda não teve o nome revelado, foi preso na noite de ontem suspeito de participação no assalto milionário à empresa de transportes de valores, na manhã de ontem (11/12). De acordo com o secretário de Segurança Pública do Piauí, Fábio Abreu, dois funcionários foram feitos de reféns pela quadrilha, mas um deles estaria envolvido diretamente no assalto, teria entrado voluntariamente no veículo, segundo imagens de cãmeras de seguranças do local onde o mesmo trabalhava fazendo "bico". 

 

Os indícios de participação desse funcionário no roubo vieram à tona após a facilidade com que o bando conseguiu entrar na empresa de segurança. 

 

"Em diligências, principalmente, nos locais ditos pelas pessoas que foram tomadas reféns, chegamos a conclusão de que um deles prestou informação falsa. Ele não foi tomado de sequestro coisa nenhuma, simplesmente entrou voluntariamente no veículo. Esse funcionário foi preso ontem, autuado durante a madrugada e confessou como aconteceu parte da ação e o valor que receberia. Agora vamos trabalhar para pegar o restante do bando", disse Fábio Abreu. 

 

De acordo com o secretário, seriam necessários dois funcionários para abrir a caixa forte da empresa e um deles confessou a participação no assalto. O inspetor de segurança Raimundo Nonato Cruz e sua família realmente foi feito refém, segundo a polícia, já o gerente que teria sido pego com sua esposa, faria parte do esquema e foi preso.   

 

 

“As empresas de segurança têm alguns protocolos a serem seguidos, um deles, por exemplo, é que para se ter acesso ao cofre, são duas ou mais pessoas que podem abrir e lá havia necessidade de dois. Ressaltando que o funcionário que foi levado de Timon, que sua família foi feita refém, realmente tudo indica que ele não sabia do esquema. Mas, o outro funcionário que diz que foi pego juntamente com a esposa, numa escola, fomos atrás de confirmar e ele estava mentindo. Entrou voluntariamente em um dos carros e depois confessou até quanto iria ganhar da quadrilha”, explica Fábio Abreu.  

 

 

O secretário disse ainda que o objetivo é identificar o bando e recuperar o máximo possível do valor levado, embora acredite que a quadrilha seja de outros estados. Ele destacou que mesmo a polícia já investigando as quadrilhas de estouro de caixas eletrônicos e roubo de carros-fortes, com a facilitação de funcionário dificilmente se consegue evitar esses assaltos. 

 

“Muito provavelmente seja quadrilha de fora do estado, infelizmente. Mas, estamos contando com o apoio das polícias de outras federações, para se tentar resgatar essa quantia”, declarou.

 

 

O ASSALTO

Um grupo de 20 homens encapuzados roubou uma empresa de segurança privada de Teresina na manhã deste domingo (11). A empresa estima que mais de R$ 10 milhões foram roubados na ação e que o valor exato ainda está sob apuração.

 

De acordo com o presidente do Conselho Administrativo da Servisan, Assis Fortes, tratou-se de uma ação organizada. “Eram 20 bandidos encapuzados que ontem a noite fizeram o inspetor de segurança e a família reféns. Levaram para uma chácara  e tomaram esta chácara mantendo os donos também reféns”, disse o presidente do Conselho acrescentando que o inspetor de segurança e a família moravam na zona sul de Teresina.

 

No domingo o inspetor foi levado pelo grupo sob ameaça à família para a sede da empresa, quando ocorreu o roubo. “Ele veio com a família sob ameaça junto com o grupo encapuzado. Entraram e levaram o dinheiro. Foi de R$ 12 a R$ 15 milhões. Ainda está sendo apurado o valor exato”, afirmou Assis Fortes descartando a possibilidade de que o grupo possa ter até 50 pessoas.

 

Assis Fortes disse ainda que a família do inspetor de segurança e os moradores da chácara foram liberados logo após a realização do roubo. “Eles foram liberados logo depois que o grupo fugiu e a polícia está atrás do grupo”, comentou o presidente do Conselho Administrativo. O delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) confirmou as informações e que o caso se encontra sob investigação.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

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