Na semana passada os notíciários de entretenimento divulgaram a demissão da jornalista Leda Nagle do Programa Sem Censura. O anúncio foi feito na quarta-feira (07/12) pela EBC, responsável pela TV Brasil. Pela internet, a jornalista contou como foi avisada do desligamento da emissora, onde estava há 20 anos, e classificou a atitude como "falta de caráter". Segundo a sogra de Sabrina Sato, por quem já foi elogiada, o "Sem Censura" continua no ar até 5 de janeiro, dia de seu aniversário, mas ela estava desde 5 de novembro apresentando o programa sem contrato.
Ainda de acordo com Leda, ela aguardava que a renovação de seu contrato com a emissora estatal acontecesse com atraso, como ocorreu nos anos anteriores. A jornalista afirma que dois meses antes procurou a direção da EBC para saber se o acordo seria renovado e ouviu como resposta que o documento estava sendo finalizado pelo departamento jurídico da empresa. Por fim, a emissora alegou que estava sem dinheiro e apresentou uma espécie de emenda de contrato até janeiro, além de pedir que Leda apresentasse nova proposta em março.
"Claro que fiquei triste. Tenho 40 anos de televisão. Estou fazendo o 'Sem Censura' há quase 21 anos. Gosto muito do programa e da minha equipe. E, mais do que triste, fiquei perplexa com a falta de caráter em dar a palavra de que estava tudo certo, que o contrato seria renovado, deixar a pessoa trabalhar normalmente, sem contrato, acreditando na palavra empenhada e aparecer com advogado, um aditivo e esta desculpa esfarrapada da falta de dinheiro. Não houve nenhuma proposta de redução do valor do contrato, nenhuma tentativa de composição, nem nas reuniões anteriores nem a uma hora da tarde de ontem, quando Laerte Rimoli me demitiu. Foi assim. Foi muito feio. Fiquei e estou muito triste. Mas vida que segue. Sou uma mineira guerreira. Bola pra frente, com certeza. Se Deus quiser", escreveu Leda, que já se derreteu pela nora, em um trecho do desabafo.
A notícia desta segunda-feira fez muitos que sairam em defesa da jornalista, mudar de opinião. Seu contrato com EBC era de R$ 103 mil por mês, pago, claro, com dinheiro público. "A avaliação na EBC para demitir Leda Nagle é de que a jornalista não valia o quanto pesava. O contrato dela com o governo estabelecia pagamento mensal de R$ 103 mil. Cabia a Leda Nagle custear a realização do programa Sem Censura" escreveu o jornalista Gabriel Mascarenhas.
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Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com
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