A Delegacia de Homicídios cumpriu mandado de prisão contra o professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes, 31 anos, suspeito de ser o autor do assassinato da travesti Maciel Batista Ismael Sousa, conhecida como Makelly Castro, 24 anos. Ela foi morta por asfixia e encontra no Distrito Industrial, na zona Sul de Teresina, no dia 18 de julho de 2015.
De acordo com o coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Costa, o Baretta, o caso foi investigado pelo delegado Higgo Martins que chegou ao suspeito através de depoimentos de testemunhas que anotaram a placa do carro, um Pálio, cor vermelha. “O delegado ouviu várias travestis e disse que ela tinha saído nesse carro e uma delas anotou a placa. O mesmo foi visto dias depois em outro ponto de travestis na rua 24 de janeiro, tentando fazer outro programa, mas não deixaram e anotaram a placa de novo. Chegamos ao carro, que apresentava umas arranhaduras, fizemos todas as técnicas de investigação e representamos pela prisão que foi concedida pelo Central de Inquéritos, pelo juiz Luís Moura”, explicou o delegado.
Segundo Baretta, o suspeito já havia sido interrogado e negado o crime, mas hoje foi cumprido o mandado de prisão na avenida Centenário, no bairro Aeroporto, zona Norte de Teresina. “Nós já estávamos monitorando ele. A prisão era para ter acontecido ontem, mas não deu certo e hoje conseguimos prendê-lo”, contou.
O delegado informou que além desse crime, o professor universitário é suspeito de uma tentativa de homicídio no mês de maio de outra travesti, do mesmo ponto de Makelly. “Outra travesti que fazia ponto lá tinha sofrido e só se livrou da marra, porque ele ia matar também. Não sei o que há, porque ele faz uso desse tipo de pessoa e depois quer dá (um fim) assim, pode ser uma aberração, uma anomalia no instinto dele”, supõe o delegado acreditando em homofobia.
O professor presta depoimento na Delegacia de Homicídios e depois será encaminhado a uma unidade prisional. “Nós recebemos muitas críticas por conta desse caso, mas nós não trabalhamos com disse me disse, precisamos de provas e embasamento nas nossas investigações, só damos a resposta baseados em indícios fortes”, ressaltou o delegado Francisco Baretta.
Fonte: Cidade Verde
Por Otávio Neto
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