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  12:49

Operação "Escamoteamento” pode desencadear uma “Lava Jato” no PI, CE e MA

Documentos apreendidos pelo Gaeco, mostram planilhas com pagamento de propina de 10% para os prefeitos. Ao todo, o esquema envolve 62 empresas

 Com informações do Meio Norte e fotos divulgação

O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), TCU, CGU e TCE deflagrou no início da manhã desta sexta feira (07/03) a Operação "Escamoteamento" com o objetivo desarticular uma quadrilha organizada na fraude em licitações de prefeitura e pagamentos de propina a prefeitos.

 

A ação se concentrou em empresas do Ceará, que atuam no Piauí e já envolvem nomes de prefeituras de Piauí e Maranhão. Documentos apreendidos pelo Gaeco, mostram planilhas com pagamento de propina de 10% para os prefeitos. O esquema pode ser muito maior e, caso os empresários, e, principalmente os laranjas, resolver falar, pode iniciar um esquema comparado à Laja Jato, com pagamentos de propinas de empresas para vencerem licitações, além de empresas que ganham a concorrência, mas não executam os serviços.

 

 

Ao todo, o esquema envolve 62 empresas muitas delas colocadas em nomes de laranjas, todas do estado do Ceará. Segundo o promotor, o esquema usava um total de 36 laranjas, que foram conduzidos coercivamente para Piripiri. Desses, 33 são da cidade de Cocal, um de Bom Princípio e dois de Buriti dos Lopes. Foram presos 13 empresários, todos do Ceará, 46 mandados de busca e apreensão executados, e 36 condução coercitiva.

 

 

Entre os presos está o proprietário da empresa de contabilidade “JL Contabilidade”, Joaquim Viana, que movimentou, durante 3 anos, um total de R$ 19 milhões; Carlos Kennedy, vulgo “Pesão”, que já tinha sido preso na Operação Província, deflagra pela Polícia do Ceará, para combater crimes de mesmo cunho; uma mulher identificada apenas por Auricélia, que é parente do prefeito Rubens Vieira, da cidade de Cocal, que recebeu até R$ 40 mil, além do coordenador da Comissão de Licitação da Prefeitura, Jeffe, e do pregoeiro John Brenda.

 

 

O coordenador da operação, promotor Rômulo Cordão, informou que o esquema envolvia venda e fraude de licitação nas prefeituras de Cocal-PI, Codó (MA), Barra do Corda (MA) e outras do interior do Ceará, Piauí e Maranhão, com um desvio estimado em R$ 200 milhões.

 

 

O esquema funcionava com fraudes na licitação promovida nas prefeituras. Os laranjas são pobres e recebem benefícios do governo. Os empresários são das cidades de Tianguá (CE), Ubajara (CE) e Viçosa (CE). Uma empresa estava sediada na Rua Monsenhor Tabosa, área nobre de Fortaleza.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

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