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  17:50

Amado Batista, Mara Pavanelly e Contara Gospel no Festival do Peixe Esperantina

Eventos que visam, segundo as prefeituras, divulgar potencialidades dos municípios se multiplicam pelo Piauí com gastos exorbitantes com bandas musicais, que chegam a cobra tr~es vezes o valor de uma apresentação em clube, atividade que praticamente acabou.

 Foto: Divulgação

As festas temáticas têm invadido as cidades do Piauí. Tem festa para comemorar até o pequi, fruta nativa do cerrado brasileiro, que na cidade de Palmeirais-PI ganhou uma comemoração especial. São eventos que divulgam a potencialidade do município, normalmente econômica, mas que se resume a uma atividade isolada e o apoio técnico, incentivo a quem produz e facilidades em créditos por parte dos governos, quase nunca tem.

 

Na maioria desses eventos, a programação é bem parecida: palestras sobre atendimento, exposições de produtores, exploração da potencialidade. Sempre com o Sebrae e órgãos do governo do estado. Tem ainda a escolha da rainha disso e daquilo e música. A atração principal são sempre as bandas. Muitas delas chegam a cobrar três vezes o valor de uma apresentação em uma festa com fins lucrativos em clubes, modalidade que está quase desaparecendo, justamente depois que o governo resolveu abrir os cofres para pagar bandas e as festas públicas tem se tronado agenda de todo fim de semana em alguma cidade do Piauí.

 

Na cidade de Esperantina, 170 km a norte de Teresina, vai acontecer a 3ª edição do festival do Peixe. Segundo o IBGE (2013) a economia e receita do município girava em torno da Agropecuária, Indústria, Serviços, Administração e Serviços Públicos e Impostos.

 

Para este ano, Amador Batista é a tração nacional do evento. O cantor se apresenta no dia 21 uma sexta-feira. Antes, na quinta-feira, a cantora gospel Cassiane é quem abre a parte musical do evento.

 

No sábado, dia 22, as forrozeiras Mara Pavanelly e Walkíria Santos, irão animar os presentes, e no domingo, dia 23, no último dia de festival, a Banda Caninana e Waldo e Felipe são as atrações.

 

 

GASTOS

Devido a burocracia e falta de transparência, sabe-se pouco sobre os gastos neste tipo de evento. Na maioria das vezes teve recursos destinados através de uma emenda parlamentar destinada por algum deputado. O governo libera através de uma secretaria que pode ser da Cultura, do Turismo ou de qualquer outra, mas os valores e como eles foram gastos quase nunca se sabe. O próprio Tribunal de Contas do Piauí quase nunca divulga balanços das prestações de contas do governo.

 

CARNALVAL 2017

Fujindo da regra, o Núcleo de Gestão Estratégica da Informação (Nugei), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) divulgou na semana passada gastos com relação ao carnaval de 2017. Dos 224 municípios, 84 (37,5%) prestaram contas de alguma despesa feita no carnaval, que foi desde patrocínio, a bancar bandas, desfiles de escolas, blocos, entre outros.

 

No levantamento do Nugei, o Governo do Estado aparece com gastos de R$ 6.762.777,00 (seis milhões setecentos e sessenta e dois mil setecentos e setenta e sete), divididos em fatias para várias cidades. Na prestação de contas aparecem pagamentos a Bandas, a grande maioria, palcos e campanhas educativas e diárias e alimentação de policiais e outros.

Da Redação. campomaioremfoco@hotmail.com

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