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  01:22

Operação desarticula quadrilha que atuaria durante Enem

Recebimento de mais de R$ 1 milhão em propina pagos por candidatos que desejavam passar em concursos

 

As polícias civis do estado de Goiás e do Distrito Federal deflagraram, na manhã desta segunda-feira (30), uma operação contra 33 suspeitos de integrar um esquema de fraude em concursos públicos.

Entre os alvos, 15 são de Brasília e 18 de Goiânia. Na capital de Goiás, as ações são comandadas pelo titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), Romulo Matos.

Entre os alvos da investigação, está um ex-funcionário do então Centro de Promoção e Seleção de Eventos (Cespe) – atualmente renomeado para Cebraspe. Segundo a TV Globo , ele é apontado como um dos lideres do grupo especializado em fraudar provas.

Esse mesmo funcionário teria movimentado, só no ano passado, o recebimento de mais de R$ 1 milhão em propina, pagos por candidatos que desejavam passar em concursos. Demitido neste ano, esse líder da quadrilha foi intimado e ajudou a polícia a seguir com as investigações.

Ainda segundo a polícia, esse funcionário agiu desde 2013 e ajudou mais de cem pessoas a passarem em concursos, por meio do esquema. Além do Enem, concursos de delegados de polícia também foram fraudados. 

Identificadas, essas pessoas envolvidas serão presas e irão responder por formação de organização criminosa, fraude a certame licitatório, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, em alguns casos.

Operação Panoptes
Ao todo, os policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária, além de oito conduções coercitivas. A Justiça também autorizou buscas em 16 endereços ligados aos suspeitos em Goiânia e em cinco regiões do DF. 

Essa é a segunda fase da Operação Panoptes. A primeira foi deflagrada em agosto deste ano.

O nome da Operação Panoptes tem como referência um gigante de cem olhos da mitologia grega, pois seriam necessários muitos olhos para ficar atento às fraudes em concursos públicos.

Fonte: IG
 

Por Otávio Neto

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