Funcionários dos Correios resolveram cruzar os braços e paralisar as atividades por tempo indeterminado em pelo menos 14 estados brasileiros. No Piauí, o movimento grevista teve início na última quarta (17) depois do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios considerar insatisfatória a proposta do governo.
Em Campo Maior, a empresa estatal conta com 15 funcionários, mas apenas dois deles aderiram à paralisação nacional. Edilene Pinho é uma que resolveu aderir ao movimento. Segundo a funcionária, parar as atividades é necessário porque o governo quer atacar direitos trabalhistas e não negocia aumento para esse ano.
“Eu observo a paralisação como ponto positivo. Pois a empresa está querendo atacar nosso plano de saúde e nos dá 0% de aumento, quer nos dá apenas gratificações. E nós não vamos parar com o movimento até a empresa negociar”, desabafou a servidora.
A categoria reivindica vale alimentação, redução da carga jornada de trabalho semanal, reajuste salarial, encerramento da terceirização e a continuidade da gratuidade no plano de saúde dos servidores da estatal.
Com 13 funcionários restantes, a agência dos Correios de Campo Maior continua prestando os serviços normalmente. Atendimento ao público e entrega de correspondências e encomendas continuam sem serem afetadas pela greve.
“Acredito que quem aceitou a proposta da ECT, não são representantes dos trabalhadores, e sim representantes dos interesses da empresa. Por que essa proposta é um desrespeito para o trabalhador, não traz nenhum benefício para nós, ao contrário, tentam nos enganar com uma proposta desrespeitosa”, defendeu O presidente do Sindicado dos Trabalhadores dos Correios do Piauí, José Rodrigues.
Em nota, os Correios disse que as agências estão operando com normalidade em todo Brasil. Um levantamento realizado pela empresa nesta quarta mostrou que 86,18% do efetivo no Piauí estão trabalhando, enquanto a nível nacional 90,69% trabalha normalmente.
Por Otávio Neto
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