Foi condenada na tarde desta segunda-feira (15) a mulher que matou a síndica do prédio onde morava, na noite de Natal em 2017, na Região Oeste de Belo Horizonte. Ela pegou 16 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado. O julgamento foi no Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette.

Rayanne Maia Marques já cumpriu 1 ano e 3 meses e deve ficar mais 14 anos, 8 meses e 21 dias na prisão. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Rayanne deu uma facada no pescoço de Ludmilla Rivas da Silva, que tinha 37 anos, depois de uma discussão.

Após reclamações por causa do barulho de brigas com os filhos, Ludmilla foi até a porta do apartamento da suspeita, onde foi golpeada. A síndica foi levada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu.

No dia do crime Rayanne tentou fugir após a facada, mas foi contida por vizinhos. Ela fez ameaça aos moradores. Por causa disso, ela também foi condenada por ameaça a dois meses em regime aberto. Esta pena, ela só vai cumprir depois que cumprir a pena do crime mais grave.

O crime
O crime foi no dia 25 de dezembro de 2017, na Rua Júlio de Castilho, no bairro Parque São Jorge. Testemunhas informaram que vizinhos apareceram em seguida para auxiliar a vítima, mas a agressora tentou fugir, com o filho de aproximadamente 2 anos, à época, no colo. Ela estava com a faca do crime e ameaçou outros moradores.

Um dos vizinhos foi agredido com uma mordida no braço ao tentar impedir que ela fugisse. Eles conseguiram imobilizar a mulher até a chegada da Polícia Militar.

A agressora teria admitido ter golpeado a vizinha. As duas já haviam discutido pelo interfone. Rayanne afirmou que estava cozinhando e que a vítima no calor do desentendimento a empurrou e que, por reflexo, ela deu a facada.

A ré ainda admitiu que era usuária de drogas e que sofria muito preconceito dos outros moradores, não sendo sequer convidada para as reuniões de condomínio e que incomodava todos do prédio com tudo o que fazia.

A mulher está presa na Penitenciária Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, desde o dia do assassinato.